Os reguladores de segurança aérea dos Estados Unidos concluíram uma investigação sobre o segundo lançamento do Starship, da SpaceX. A FAA (administração federal de aviação) estabeleceu 17 ações corretivas que a empresa de Elon Musk deve adotar antes de fazer um novo teste com o foguete.
Entre as ações estão redesenhos de hardware para o propulsor Super Heavy e uma proteção adicional contra incêndios e atualizações para o segundo estágio, também chamado de Starship.
O fim da investigação não implica uma autorização imediata para o próximo voo do Starship, acrescentou a FAA em seu comunicado. Antes de lançá-lo, a SpaceX deve implementar todas as ações corretivas e receber uma licença.
O segundo teste "alcançou vários marcos importantes, com lições aprendidas que levaram a atualizações do veículo", disse a SpaceX nesta segunda-feira (26).
A empresa de Musk lança foguetes de teste ciente de que possam explodir ou falhar. Espera-se que, assim, seus engenheiros possam aprender com mais velocidade.
Esse é um dos motivos pelos quais a SpaceX pode avançar mais rapidamente no desenvolvimento de lançadores do que a Nasa e outras companhias do setor, contrárias à ideia de falhar publicamente.
Durante o voo de 18 de novembro, depois que o propulsor Super Heavy se separou do segundo estágio e começou a manobrar em direção ao local de pouso pretendido, a SpaceX disse que vários de seus motores começaram a desligar antes que um motor "falhasse energeticamente", resultando em uma explosão.
A causa mais provável da falha é que uma reação em cadeia tenha sido desencadeada pelo bloqueio de um filtro no qual o oxigênio líquido é fornecido aos motores. Já houve alterações de hardware para melhorar a filtragem de propelente, segundo a empresa.
O Starship voou por vários minutos até que incêndios interromperam a comunicação entre os computadores de voo da espaçonave, acrescentou a SpaceX. O problema fez com que a espaçonave se destruísse no espaço.
A SpaceX disse que fez alterações de hardware para melhorar a redução de vazamentos e a proteção contra incêndios.
Musk disse em uma postagem em 12 de fevereiro no X (antigo Twitter), sua plataforma de mídia social, que uma terceira tentativa de lançamento pode acontecer em cerca de três semanas.
A SpaceX efetuou várias atualizações no veículo após a primeira tentativa de voo em abril de 2023, que acabou destruindo a plataforma de lançamento e incendiando um parque próximo.
Com seus 120 metros, o poderoso lançador de dois estágios é o maior foguete já construído em toda a história.
O veículo está contratado para fazer as alunissagens das missões Artemis 3 e 4, com as quais os EUA esperam levar humanos novamente à superfície lunar.
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