Cientistas japoneses constroem o primeiro satélite de madeira do mundo

LignoSat será enviado ao espaço em setembro em um foguete da SpaceX

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Tóquio | AFP

Uma equipe de cientistas japoneses construiu o primeiro satélite de madeira do mundo, que será enviado ao espaço em setembro em um foguete da SpaceX.

O artefato é um pequeno cubo de dez centímetros de aresta desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Kyoto e da madeireira Sumitomo Forestry.

Seus criadores calculam que o satélite queimará completamente ao entrar novamente na atmosfera, o que pode ser uma forma de reduzir a geração de resíduos metálicos quando esses dispositivos retornam à Terra.

Um pequeno satélite tipo CubeSat é apresentado sobre uma superfície branca, com a mão de uma pessoa ao fundo, indicando a escala do objeto. O satélite possui uma estrutura metálica com painéis solares dobráveis e uma antena circular na frente.
Satélite de madeira LignoSat é apresentado na Universidade de Kyoto, no Japão - Jiji Press/AFP

Essas partículas metálicas podem ter efeitos negativos para o meio ambiente e as telecomunicações, afirmaram os responsáveis pelo projeto ao apresentarem a sua criação nesta terça-feira (28).

"Os satélites que não são feitos de metal deveriam se generalizar", disse Takao Doi, astronauta e professor da Universidade de Kyoto.

O satélite, feito de madeira de magnólia, será entregue à agência espacial japonesa Jaxa na próxima semana.

Um homem  exibe dispositivo de madeira. Ele está vestido com camisa cáqui e uma gravata estampada e parece estar em um ambiente interno, possivelmente um escritório ou sala de conferência
Astranouta Takao Doi, professor na Universidade de Kyoto, segura o primeiro satélite de madeira do mundo - Jiji Press/AFP

Em setembro, um foguete da SpaceX irá transportá-lo até a Estação Espacial Internacional (ISS), de onde será lançado ao espaço para testar sua resistência e durabilidade.

"Os dados serão enviados do satélite para pesquisadores, que poderão verificar se há sinais de estresse e se o satélite pode suportar as grandes mudanças de temperatura", disse uma porta-voz da Sumitomo Forestry à AFP nesta quarta-feira (29).

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