Alvaro Costa e Silva

Jornalista, atuou como repórter e editor. É autor de "Dicionário Amoroso do Rio de Janeiro".

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Na Copa da jogatina, você aposta em Messi ou Mbappé?

Argentino pode ingressar no seleta galeria com Garrincha e Maradona

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Se confirmar no domingo (18) a jornada fora de série no Qatar, Messi assume um lugar no seletíssimo grupo de jogadores sem os quais suas seleções não alcançariam o título mundial: Garrincha em 1962 e Maradona em 1986. Em 1994 Romário foi quem mais se aproximou de figurar na galeria ao lado das duas lendas, mas ficou devendo uma exibição incontestável na final entre Brasil e Itália.

La Pulga, por tudo que já correu, driblou, chutou e pulou, merece. Do outro lado, para arruinar a glória do argentino, estão Griezmann e Mbappé. Este lembra a potência e a habilidade de Jairzinho, o Furacão de Guadalajara, com quem, aliás, tem semelhança física. Aos 23 anos, Mbappé pode se tornar duas vezes campeão do mundo —o que Messi, aos 35 e um dos maiores em todos os tempos, ainda não conseguiu.

Estudantes de Mumbai, na Índia, exibem pinturas de Kylian Mbappé e Lionel Messi para desejar boa sorte aos times que disputam a final da Copa do Mundo no Qatar - Punit Paranjpe/AFP

A Copa que se encerra deu para o gasto. Foi animada, e teve a bela surpresa de Marrocos chegando à semifinal. Mas até agora não apresentou jogadas memoráveis. A não ser uma, registrada quase fora do campo: o lance do gol do Japão contra a Espanha, no qual a imagem vista de cima põe a bola tecnologicamente sobre a linha. Ok, não saiu, o que ratifica que o videoteipe e o moderno VAR, além de burros (como queria Nelson Rodrigues), tiram o prazer da discussão e da dúvida.

A julgar pelo que se viu nos intervalos comerciais da transmissão dos jogos, houve mais aposta que torcida. Divulgador da batota virtual, Ronaldo Fenômeno protagonizou o mico da Copa: o jantar em que foi servido bife folheado a ouro. Com sua experiência de 100 anos de superstição, Gabriel García Márquez garantia que usar qualquer peça de ouro —ele comparava a cor do metal a cocô de cachorro— dava um azar danado à pessoa.

Não foi a má sorte que impediu o hexa. Não havia na seleção atual sombra de um Rivaldo ou de um Ronaldinho Gaúcho, como em 2002, nem mesmo de um Bebeto, como em 1994. Faltou bola e craque.

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