É consultor de empresas e palestrante há mais de 20 anos.
Escreve aos domingos, mensalmente.
Temos que valorizar o outro pelas suas ideias, em vez de julgar seu estilo
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Dentro de uma empresa, devemos conviver com todas as tribos |
Quais foram as primeiras impressões que você teve sobre seus colegas no seu primeiro dia de trabalho? Essas impressões mudaram ou você continua usando os mesmos rótulos para defini-los?
Desde os tempos de colégio, somos rotulados não apenas pelo nosso comportamento, mas também pelas tribos de que participamos: a turma dos nerds, a turma do fundão, os comportados etc.
Quando crescemos e vamos para o mercado de trabalho, procuramos nos identificar com as tribos que existem dentro das empresas. Ou seja, repetimos o padrão que conhecemos na infância –e continuamos julgando o livro pela capa.
No ambiente de trabalho, além de sermos julgados pelas aparências e pela nossa turma, também é comum nos avaliarem por atitudes pontuais, sem levar em consideração o nosso histórico. Alguém vai lá, tira uma fotografia e... pronto. As ações falam tão alto que mal conseguimos escutar as palavras.
Tudo isso é péssimo. Quando rotulamos pessoas, deixamos de explorar um monte de qualidades que não são óbvias por puro preconceito. E os preconceitos nascem pela falta de respeito às diferenças.
Dentro de uma empresa, devemos conviver com todas as tribos. O local de trabalho pode ser um ótimo espaço para aprender a fazer uma leitura mais ampla das pessoas.
Quando nos libertamos de uma visão preconceituosa, apagamos os rótulos e nos dispomos a conhecer verdadeiramente o colega, ganhamos a chance de descobrir um talento e uma pessoa maravilhosa.
Quantas vezes já ouvimos algo do tipo: "Desculpe, mas nunca passou pela minha cabeça que uma pessoa como você fosse capaz de fazer isso". Quem falou tinha um preconceito, que foi quebrado ao conhecer melhor o outro.
A capacidade de um trabalhador não se resume à tarefa que ele executa hoje, mas sim às habilidades e conhecimentos que ele possui para encarar os próximos desafios.
Temos que aprender a valorizar uma pessoa pelas suas ideias, em vez de julgar seu estilo. Afinal, não importa de onde veio a ideia: o importante é se ela é boa ou não. Por isso, em vez de julgar os outros pelo que eles parecem ser, que tal perguntar a eles sobre o que pensam e gostam?
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