Ana Fontes

É empreendedora social e fundadora da RME (Rede Mulher Empreendedora). Vice-presidente do Conselho do Pacto Global da ONU Brasil e membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável da Presidência da República

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Ana Fontes

Nem todo homem, mas sempre um homem

Meninas são vistas como histéricas, mas homens fanáticos por futebol, não; a responsabilidade pela desigualdade de gênero também cabe a quem pratica

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O mês de novembro está agitado no quesito musical. Estamos recebendo artistas variados, e muitos fãs estão se mobilizando para curtir seus ídolos de maneira intensa. Isso inclui aguardar em filas, superar dias quentes e se vestir como a banda, artista ou álbum.

Para alguns, isso é importante, e para outros, é considerado histeria. Isso me fez refletir sobre como a desigualdade de gênero está presente para nós mulheres até no lazer.

Taylor Swift se apresenta no Texas - Suzanne Cordeiro/AFP

Por que as meninas são frequentemente rotuladas como histéricas, enquanto homens fanáticos por futebol ou outros hobbies não são questionados por suas paixões? Faço esse questionamento para instigar uma reflexão mais profunda. Falaremos sobre desigualdade de gênero, e, dessa vez, quero me dirigir especialmente aos homens.

Sim, sabemos que a desigualdade de gênero é um problema sistêmico e social, mas para ser combatida, é preciso que os principais agentes dessa situação se movimentem: os homens. Tenho certeza de que, em algum momento da sua vida, você já ouviu de um homem que nem todos são iguais.

A pergunta de hoje é: seu companheiro, marido, colega, amigo já repreendeu outro homem em situações machistas ou misóginas?

Recebo questionamentos masculinos sobre como se aliar à causa das mulheres e combater a violência de gênero. Muitos deles acreditam que não devem se envolver, por não considerarem ser um problema que os afeta diretamente.

No entanto, a desigualdade de gênero e a violência contra as mulheres são questões que impactam toda a sociedade, e a responsabilidade é ainda maior para quem as pratica. É necessário agir, e é nas pequenas atitudes que encontramos o caminho para a mudança e a transformação. De maneira simplista:

  • Você intervém quando vê, escuta comportamentos machistas e sexistas?
  • Lê ou estuda sobre violência de gênero, ou qualquer desafio que enfrentamos (saúde, educação, igualdade salarial)?
  • Doa tempo e recursos para campanhas que movimentam e lutam por nossos direitos?
  • Consome cultura e conteúdo produzido e criado por mulheres (filmes, músicas, documentários)?
  • Ensine a próxima geração desde cedo.

Engajar-se na luta pela igualdade não é apenas uma responsabilidade individual, mas também uma contribuição para a construção de um ambiente mais justo e equitativo para todos.

Por isso, homens, reconheça seus próprios privilégios e utilize-os para apoiar mulheres que enfrentam desafios e estão em desvantagem simplesmente por serem mulheres.

Como parte da iniciativa Todas, a Folha presenteia mulheres com dois meses de assinatura digital grátis

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