Embora não lhe faltem adversários, o bolsonarismo vem se destruindo a partir de dentro, a começar pelo uso que o presidente e seus filhos fazem, em retórica autodemolidora, do poderoso arsenal de ignorância de que dispõem. Fica cada vez mais claro, porém, que não se trata, neste governo, apenas de ignorância, intolerância, boçalidade, incompetência e omissão.

Das “rachadinhas” de Flávio, passando pelo “tratoraço”, chega-se agora, por meio dos depoimentos do deputado Miranda e do PM lobista Dominguetti, a evidências de que o Ministério da Saúde na gestão Pazuello e, por consequência, o governo Bolsonaro, foi atravessado por enorme esquema de corrupção.

O edifício bolsonarista está implodindo, embora o desabamento seja adiado pelos engenheiros do centrão, que o escoram como podem, tentando arrancar vantagens de um presidente acuado, errático, desatinado e impotente. Em meio aos escombros do governo Bolsonaro, eis que ganha força o engodo neolulista, como se o esquecimento do mensalão e do petrolão pudesse ser algo além de retrocesso e entorpecimento coletivo.

Aquele que se pinta de alma mais honesta deste país, quer se colorir também de democrata, quando, na verdade, é um autocrata dentro de seu próprio partido, além de ardoroso defensor de ditaduras, desde que sejam de esquerda. Lula e seu obediente PT não perderam uma só oportunidade de demonstrar apoio e financiar regimes fechados como o de Cuba e da Venezuela.

Corroborando essa inclinação autoritária, o petista, em entrevista ao jornal chinês Guancha, teceu entusiasmadas loas ao “partido político forte” da China: “Esse partido na China tem poder e um governo forte. Quando tomar decisões, o povo respeitará essas decisões. Isso é algo que não temos no Brasil”, disse Lula, que é um destacado representante da esquerda autoritária mundial, embora mais preocupado com seu poder pessoal.

Bolsonaro é uma mentira que está chegando ao fim, Lula é um engodo que quer voltar.