Claudia Costin

Diretora do Centro de Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial.

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As eleições e a agenda para tornar educação uma prioridade

É preciso difundir as boas práticas já em curso em diferentes estados

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Até pouco tempo, a cada temporada eleitoral não faltavam candidatos que repetiam o mantra: "Tenho três prioridades, educação, educação, educação...". Mais recentemente, frases centradas na demonização do outro, inspiradas em notícias falsas, ganham força e, como a tendência anterior, revelam quase nada sobre o que o candidato pretende fazer ao ser eleito, menos ainda em educação.

Uma das iniciativas promissoras que surgiram para centrar o debate em políticas públicas concretas é o esforço do Todos pela Educação de, com base num consenso suprapartidário sobre o que deve ser feito para melhorar o ensino no Brasil, conversar com os candidatos a presidente e alguns dos a governador sobre a agenda necessária. Em publicação recém-lançada, "Educação Já", o Todos expõe o dever de casa a ser feito, seja para recuperar o que se perdeu com a pandemia, seja para transformar a educação de forma mais estrutural.

O texto se inspira tanto no que recomendam os melhores pesquisadores da área no mundo, quanto em boas práticas que o Brasil já adota, como os exemplos de Pernambuco, do Ceará (em particular de Sobral) e de Teresina, melhor capital em aprendizagem do país.

Afinal, o que precisa ser feito? De acordo com o documento, já em mãos dos candidatos, devemos partir de premissas como a de que "qualidade para poucos não é qualidade", ou seja, buscar equilibrar excelência com equidade, ou a de que o "Brasil tem muito a aprender com o Brasil", o que demanda escalar boas práticas já em curso em diferentes unidades da federação.

Recomenda também ações para mitigar os efeitos da pandemia na educação básica, em especial o enfrentamento do abandono e evasão escolar, a recomposição de aprendizagens perdidas, junto com o suporte emocional necessário, e promover a inclusão digital, garantindo conectividade e equipamentos para professores e alunos.

Como agenda estrutural, melhorar a governança nacional da educação básica, incluindo a criação do Sistema Nacional de Educação, aprimorar a gestão do MEC, implementar o novo Fundeb e melhorar a atratividade e a formação docente, assim como uma gestão escolar mais profissionalizada. Avançar na implementação da Base Nacional Comum Curricular, já transformada em currículos estaduais e municipais em boa parte do país, com material didático e avaliações alinhadas, em especial no ensino médio.

Muito mais precisa ser feito, tanto no aumento da jornada escolar, para que os alunos tenham mais tempo de aprendizagem e os professores melhores condições de trabalho, quanto em garantir uma educação infantil de qualidade para todos.

Com a palavra, os candidatos!

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