Querido Dan,
Por muitos anos, eu tenho dado cestas de Natal elaboradas para meus amigos e familiares. No ano passado eu soube que alguns deles se sentiam na necessidade de retribuir com um presente do mesmo valor, o que os deixa desconfortáveis. Eu dou esses presentes porque eu me sinto bem e porque amo meus amigos e familiares, não porque eu espero algo em retribuição. Como eu devo avisá-los de que eles podem me mandar apenas um cartão de Natal e nada mais?
—George
Pode ser impossível para quem recebe um presente não se sentir obrigado a retribuir de algum modo. A necessidade de reciprocidade é uma das coisas mais bonitas do ser humano: é uma construção sólida da sociedade, e nós não devemos eliminá-la nem se pudéssemos. Portanto, mesmo que você não queira nenhum presente, você não deve privar seus amigos e familiares da chance de dar-lhe algo. No lugar disso, encoraje-os a encontrar um presente significativo, mas que seja simples e barato.
No ano passado, quando fiz 50 anos, enfrentei um dilema similar: eu queria fazer uma grande festa e convidar meus amigos, mas eu não queria que eles se preocupassem com presentes. Mesmo pedindo a eles para não trazerem presentes, pouquíssimos viriam de mãos vazias. Ao invés disso, eu pedi a cada um que me desse um exemplar de seu livro favorito e que escrevessem na primeira página porque este livro era tão importante para eles. Desta forma, eu consegui uma prateleira de livros para ler no ano seguinte e meus amigos sentiram-se satisfeitos em suas necessidades de retribuir.
Querido, Dan
Meu marido tem 72 anos e, recentemente, aposentou-se. Ele vai à academia duas vezes por semana, mas seu médico recomendou que atividade física diária é muito importante para ele, que possui hipertensão. Como posso ajudá-lo a adquirir o hábito de frequentar academia diariamente? Nós somos uma família de pouca tecnologia, mas poderia dar a ele um “pedômetro” para controlar seus passos?
—Florence
Eu não acredito que um “medidor de passos” terá esse efeito todo. Dispositivos de passos operam sobre a premissa de que se, ao contarmos nossos passos perceberemos o quão pouco nos exercitamos, passando então a mudar o nosso comportamento e nos exercitarmos mais. Mas a verdade é que a maioria de nós já sabe que não nos movimentamos o suficiente. Se eu fosse você, eu pediria aos membros da família para encorajarem seu marido a caminhar várias vezes por dia. Ou melhor, diga-lhe que você quer dar um passeio e convide-o a ir com você. Desta forma você criará uma pressão social sobre ele para que se movimente.
Caro Dan
Temos orgulho de nossa casa e esperamos que os visitantes a tratem com respeito. Mas temos um parente que não compartilha desse sentimento: quando ela nos visita, ela bate as portas e derrama comida sem limpá-la. Como podemos abordar isso com ela sem causar uma ruptura em nosso relacionamento?
-Anônimo
Eu começaria dizendo a ela que pessoas diferentes têm preferências diferentes de como querem que sua casa e seus pertences sejam tratados e que você é cuidadoso com suas coisas. Diga a ela que, embora tenha o direito de tratar suas próprias coisas do jeito que ela gosta, quando ela está em seu espaço, seu comportamento o desagrada, e isso torna difícil o aproveitamento de sua companhia. Espero que dessa forma você soe gentil, mas claro o suficiente.
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