Querido Dan,
Eu trabalho como diretora administrativa em uma pequena organização sem fins lucrativos com dez funcionários, todos cumprem período integral. Recentemente, soube que um dos diretores de programa, que hierarquicamente fica numa posição inferior a minha, ganha quase R$ 58.000 por ano a mais do que eu. Para piorar, suas avaliações de desempenho são sempre insatisfatórias e ele arrecadou muito pouco para manter a organização funcionando. Ele é um homem branco, cerca de 30 anos mais velho do que eu, que sou mulher e de ascendência do Oriente Médio. Devo dizer algo ao meu chefe sobre isso? Meu salário é decente e o mercado de trabalho anda difícil.
—Sandy
Em geral, não é apenas o nosso próprio salário, mas também o quanto nossos colegas recebem que nos deixa felizes ou insatisfeitos com o que estamos ganhando. Ter um subordinado improdutivo ganhando mais incomodaria qualquer pessoa —e o sentimento provavelmente aumentará com o tempo. Com isso em mente, você deve pedir uma explicação ao seu chefe. Talvez você descubra que seu colega está sendo pago a mais por um bom motivo ou que sua organização consertará a desigualdade entre os salários —ou que você será mais feliz em outro lugar.
Querido Dan,
Meu filho de 5 anos frequentemente faz birras quando não consegue o que quer. Quando estamos em público (digamos, no ônibus ou no trem), eu geralmente cedo a ele para evitar os gritos e constrangimento. Após cada incidente, ele promete se comportar melhor, mas suas birras parecem aumentar. Eu acho que ele está sendo manipulador. O que posso fazer?
—Margie
Isto soa como um problema de birra infantil. Eu acho que seu filho está apenas sendo criança e tentando cumprir seus objetivos. E já que você está o ensinando que quando ele grita, você dá o que ele quer, ele continuará com essa estratégia até que pare de funcionar. Esse tipo de condicionamento influencia fortemente as crianças —e o restante de nós até certo ponto. A solução é não ceder aos gritos, isso deixará claro que é muito mais provável que você ceda quando seu filho se comunicar com calma. Mudar o condicionamento vai levar tempo e irá expor muitos espectadores inocentes a gritos, mas, a longo prazo, valerá a pena.
Querido Dan,
Minha esposa se aposentou, mas ainda estou trabalhando, aos 71 anos. Vivemos com alguma dificuldade, de salário a salário. Eu não toco nos mais de R$ 3 milhões do meu fundo de aposentadoria. Tecnicamente, sou milionário, mas não me comporto como um. Devo começar a pensar em mim como rico e agir de acordo com essa realidade?
—Norman
Sim, você deveria. Como espero que você e sua esposa tenham uma vida longa, não estou lhe aconselhando a fazer uma farra de gastos. Ao mesmo tempo, pode ser útil para você pensar em si mesmo como tendo um status socioeconômico mais alto. Um estudo publicado na revista Health Psychology, em 2000, por Nancy E. Adler e colegas, mostrou que o status socioeconômico subjetivo (ou seja, como as pessoas se classificam em relação aos outros) era mais preditivo de saúde física e bem-estar psicológico do que a classificação socioeconômica real. Então, embora eu não ache que você deva começar a gastar como um milionário, pode ajudar pensar em si mesmo como um.
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