Em um típico colégio de adolescentes americano, nosso herói, um jovem pouco atraente e sem habilidades sociais, sofre dividido entre o desespero para perder a virgindade com qualquer pessoa que cruze seu caminho e o amor verdadeiro que sente pela garota mais desejada da escola.
De seios deliciosamente desproporcionais, ela está totalmente fora do seu alcance, já que é namorada do principal atleta local, um rapaz de família tradicional e que eventualmente surra pessoas aleatoriamente em seu caminho.
Nosso rapaz toma seu café da manhã enquanto conversa com a mãe e vê televisão, coloca seus livros na mochila, pega sua bicicleta para estudar e enfrentar a dolorosa rotina de ser entediado pelos amigos, subestimado pelos professores, ignorado pelos amores e hostilizado pelos inimigos; dedica-se a ter suas conquistas ridicularizadas e suas ambições arquivadas.
De repente tudo isso perde importância e toda a realidade muda, quando, totalmente do nada, uma inexplicável invasão alienígena interrompe a normalidade da cidade. A amada do nosso protagonista revela-se na verdade uma agente secreta da polícia secreta, que na verdade era uma agente dupla, pois era, na realidade, realidade, mesmo, um robô enviado por alienígenas.
Fingindo-se namorada do tal atleta, ela, durante sete anos, dos computadores da biblioteca do Departamento de Educação Física (o setor menos frequentado e portanto o mais seguro da escola) comandou a conspiração alien-cyborg, que planeja injetar um perigoso vírus em rabanetes gigantes que viram armas biológicas mortais, aterrorizando estudantes e funcionários, numa espécie de Columbine de proporções intergalácticas.
Os robôs pretendem dominar o tráfico internacional de armas e animais silvestres, numa grande conspiração que eles fazem questão de expor, explicar e se gabar, com gráficos e tópicos no Power Point, mas que tem detalhes técnicos demais para que alguém consiga prestar atenção.
A garota robô, porém, acaba ficando dividida emocionalmente entre sua missão de dominar a Terra e a afeição que começou a sentir pelos terráqueos depois de todo esse tempo por aqui. Ela quer poder desenvolver seus sentimentos, conseguir sonhar, amar, derramar uma lágrima —enquanto escraviza a raça humana. (Continua.)
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