A robô está dividida emocionalmente entre sua missão de destruir a Terra e a afeição que começou a sentir pela raça humana depois que conheceu nosso herói.
Ela se permitiu se apaixonar pela coragem do nosso rapaz virgem, que tentava, sozinho dos porões da escola, combater a invasão ciborgue-alienígena usando seus conhecimentos de Corel Draw, Page Maker e videogames.
Os dois trocam um longo beijo, ficando noivos no minuto seguinte. Ele não parece se importar com o fato de ela não ser mais uma bela estudante, e sim um ser robótico assexuado feito de metal, que durante anos planejou friamente a destruição do nosso planeta.
O amor dos dois prova ser verdadeiro e superior ao do ex-namorado valentão, que a esta altura está ocupado se escondendo covardemente da invasão e sem aceitar sua ex-namorada como ela é: um doce robô assassino.
As famílias escandalizadas e a sociedade embrutecida pela guerra entre humanos e aliens não se sensibiliza com a linda história de amor e se posiciona contra o casamento, fazendo com que os nossos protagonistas não vejam outra alternativa a não ser fugir na máquina do tempo desenvolvida pela misteriosa e sábia mascote da escola, um orangotango vietcongue que fala, joga suas fezes nas pessoas e usa um chapéu listrado.
O excêntrico animal foi adotado pela coordenação de ensino por ser vítima de uma doença terminal, o que possibilitou todo esse conflito interplanetário, já que o plano dos alienígenas é usar esse vírus como a arma biológica que será injetada em rabanetes gigantes que serão arremessados aleatoriamente na população.
O orangotango, apesar de supostamente eloquente, faz um discurso pacifista cujos argumentos não vão muito além de “guerra é errado”.
O casal, em busca de tranquilidade para desfrutar o amor sem fronteiras, escolhe uma viagem romântica de volta no tempo para o Velho Oeste, onde prepara seu casamento num divertido clima de comédia romântica em meio à grande taxa de criminalidade local.
Eles viajam pelo deserto hospedando-se em motéis de beira de estrada, fazendo guerra de balões d’água e derrubando comida um no outro às gargalhadas. O conflito de proporções globais que acontece no presente parece não incomodá-los mais, já que o que importa é ser feliz.
(Continua)
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.