Edgard Alves

Jornalista, participou da cobertura de sete Olimpíadas e quatro Pan-Americanos.

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COI mantém acerto no apoio aos atletas refugiados

Atuando sob bandeira olímpica, esportistas dão visibilidade à situação de seus países

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O COI (Comitê Olímpico Internacional) decidiu repetir nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020 a experiência aplicada na Rio-2016 da participação no evento de atletas refugiados.

Dessa forma, uma equipe de refugiados vai atuar sob a bandeira e o hino olímpicos. Essa decisão foi acertada, justa.

Sem uma pátria ou comitê nacional para representar, tais atletas ficariam impedidos de competir. Além disso, eles ganham canais para revelar as dificuldades existentes em seus países.

Milhões de refugiados enfrentam situações dramáticas em todos os cantos do mundo, como a mídia mostra diariamente, por razões de segurança ou sobrevivência.

A proposta do COI, que conta com o respaldo do Acnur (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), é oferecer espaços seguros para atletas refugiados em situação de vulnerabilidade.

A entidade aprovou um Comitê Consultivo de Direitos Humanos, em outubro último, com o objetivo de identificar riscos e orientar estratégias sobre o tema, segundo o site Insidethegames. Deverá ter de seis a nove membros, todos com conhecimento em esporte e direitos humanos. A composição do grupo será anunciada em março.

A solidariedade a milhões de refugiados mundo afora coloca o esporte como instrumento para denúncias contra as violações de direitos humanos. A ação de respaldo a atletas pressionados em seus países de origem, que virou destaque nos Jogos do Rio, resultou da parceria entre o COI e o Acnur.

O presidente do COI, o alemão Thomas Bach, ressaltou que promover valores humanísticos tem sido uma característica do comitê desde o seu início e que a missão de colocar o esporte a serviço da humanidade anda de mãos dadas com os direitos humanos.

Por sua vez, o belga Jacques Rogge, presidente honorário do comitê, destacou que o esporte não resolve os problemas do mundo, mas cria uma atmosfera de paz e respeito mútuo. Bach apontou que os dirigentes devem se concentrar no que podem alcançar e realmente fazer.

No Rio, a representação dos refugiados teve dez atletas, sendo dois sírios na natação, dois congoleses no judô, um etíope maratonista e cinco sul-sudaneses no atletismo.

Os Jogos no Japão contemplarão mais quatro modalidades: levantamento de peso, tênis, caratê e taekwondo. Os nomes dos atletas serão definidos apenas no ano que vem, após o término do período classificatório.

O COI, organização que reúne 206 comitês nacionais, não pode ficar alheio aos direitos humanos. Solidariedade, tolerância e paz são movimentos com espaço fértil para prosperar no mundo dos esportes.

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