Edgard Alves

Jornalista, participou da cobertura de sete Olimpíadas e quatro Pan-Americanos.

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Descrição de chapéu Tóquio 2020

Ainda sem salto excepcional, Thiago Braz retoma escalada olímpica

Brasileiro ficou em segundo no salto com vara na Abertura da Diamond League

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brasileiro Thiago Braz sinalizou na semana passada que está no bom caminho para voltar a integrar o grupo dos principais atletas do mundo no salto com vara.

Na abertura da Diamond League, o badalado circuito internacional de atletismo, em Doha, no Catar, ele ficou em segundo lugar com 5,71 m, atrás apenas do norte-americano Sam Kendricks, com 5,80 m, e à frente do japonês Seito Yamamoto, com 5,61 m. A marca não foi um resultado excepcional, levando-se em conta ser o brasileiro o atual campeão e recordista olímpico, com 6,03 m.

Thiago Braz na conquista da medalha de ouro na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro
Thiago Braz na conquista da medalha de ouro na Olimpíada de 2016, no Rio de Janeiro - Adriano Vizoni/Folha de S.Paulo

Além disso, ele falhou em três tentativas com o sarrafo a 5,80 m, resultado já cravado por ele este ano mas em prova indoor, em recinto fechado. Deixou claro, no entanto, que está recuperando a forma para o duelo com os rivais da elite mundial da modalidade, entre os quais Kendricks.

Depois de quase quatro anos de base em Formia, na Itália, onde treinava com o ucraniano Vitaly Petrov,  seu parceiro no projeto que resultou no ouro olímpico, Braz promoveu uma reviravolta na sua carreira.

Voltou a residir no Brasil no final do ano passado para se preparar novamente sob os cuidados do treinador Elson Miranda, o brasileiro especialista em salto com vara, com quem havia trabalhado no início da carreira.

Mudança radical? Não tanto como parece à primeira vista, pois manteve o vínculo com Petrov que agora atua como consultor. A nova situação, na verdade, pode ser encarada mais como uma ampliação de sua retaguarda.

O ucraniano, que trabalhou por longo tempo na ascensão e glória dos ex-campeões mundiais Sergei Bubka, também da Ucrânia, e Yelena Isinbayeva, da Rússia, continua à sua disposição. Dessa forma, teoricamente, está preservada a fonte de experiência e sabedoria que colaborou para o sucesso de Braz no esporte.

Na semana anterior ao evento em Doha, Braz teve uma atuação decepcionante no Grande Prêmio Brasil, em Bragança Paulista, quando ficou fora do pódio. O fracasso, somado às campanhas irregulares que registrou nas duas últimas temporadas (2017 e 2018), marcadas também por contusões, causou apreensão.

Após o ouro na Rio-2016, teria o campeão olímpico perdido a determinação, a motivação? Não, com certeza, é a resposta para tal dúvida ou qualquer outra com viés negativo para as pretensões do atleta. Um alerta de Vitaly Petrov sobre os planos relacionados ao então seu pupilo explica.

A escalada do campeão olímpico na especialidade e a intensa preparação para os Jogos tinham sido exaustivas, exigindo uma redução no ritmo das suas atividades, com a retomada prevista para esta temporada pré-olímpica que prevê a participação dele no Pan de Lima, em julho, e no Mundial de Doha, em setembro.

​O objetivo seria driblar os riscos de esgotamento, estresse e contusões que poderiam comprometer o desempenho nos preparativos para o bi em Tóquio-2020. O repeteco do pódio é possível, não uma certeza. Portanto, mesmo diante das dúvidas, tudo parece caminhar dentro dos planos anunciados.

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