Desde a segunda quinzena de outubro do ano passado, antes de segundo turno, quando os Bolsonaro souberam que o Coaf tinha batido nas tenebrosas transações de Fabrício Queiroz, estava escrito nas estrelas que os procuradores não têm pressa, só perguntas.
Queiroz sumiu, Toffoli congelou as investigações e passou-se um ano até que o STF desobstruísse a estrada. A rapidez com que o Ministério Público revelou o que sabia sobre as contas de Flávio Bolsonaro e as conexões de seu gabinete com o ex-capitão da PM Adriano da Nóbrega (foragido) mostra que os procuradores conseguiram algumas respostas. Eles continuam sem pressa, com mais perguntas.
Toffoli
Terminadas as férias do Supremo Tribunal Federal, o ministro Dias Toffoli terá o mais longo fim de mandato da história da corte. Em setembro será substituído por Luiz Fux.
Gol fácil
O Congresso botou a bola na marca de pênalti para que Bolsonaro marque um gol.
Ele diz que procurará uma brecha para vetar a despesa de R$ 2 bilhões para o Fundo Especial de Financiamento de Campanha. (Os parlamentares fingiram que queriam R$ 3,8 bilhões.)
Se o capitão passar a faca, o Congresso poderá derrubar o veto. Só neste mês já derrubou sete vetos de Bolsonaro. Desse jeito, mantém-se a despesa e o presidente leva o crédito de ter feito tudo que estava ao
seu alcance para impedi-la.
Com 45% de reprovação com viés de alta na última pesquisa do Datafolha, o Congresso colocará uma cereja no bolo do governo. Afinal, a reprovação de Bolsonaro está em 36%, com viés de baixa.
Cavalariças
A gestão do procurador-geral Augusto Aras está passando um pente fino na contabilidade das diárias das forças-tarefa que investigam casos de corrupção. Já acharam casos de diárias pagas, mesmo depois de a quitanda ter sido fechada.
Isso e mais dois casos de servidores que estão na folha da Viúva morando nos Estados Unidos, um em Nova York, outro em Washington.
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