Desde 1959, quando o governo brasileiro vai para as cordas, o presidente ou seu ministro da Fazenda arrumam uma encrenca com o Fundo Monetário Internacional. Agora foi a vez do doutor Paulo Guedes. Aborrecido com as previsões pessimistas e erradas do Fundo para o desempenho da economia brasileira, ele dispensou os serviços do escritório do Fundo em Brasília.
Poderia ter feito isso em silêncio ao estilo de Pedro Malan ou de Octavio Gouveia de Bulhões, mas preferiu dar ao gesto uma marca bolsonariana: "O FMI fez uma lambança e eu descredenciei a missão".
Não precisava, até porque por mais lambanças que o Fundo faça, elas não se comparam com as que as ekipekonômikas de Pindorama patrocinam.
Na mesma apresentação, Guedes maltratou o economista Ilan Goldfajn, o ex-presidente do Banco Central que assumirá uma diretoria do Fundo em Washington. Goldfajn é acima de tudo uma pessoa educada que irradia bom humor. Explicando-se, Guedes informou: "O Ilan, é um ótimo brasileiro. Boa pessoa, tudo isso. Ontem, criticou a gente pesado, então estou devolvendo hoje".
O general da reserva Augusto Heleno, chefe do Gabinete de Segurança Institucional, disse que toma Lexotan na veia para aguentar o Supremo Tribunal Federal. Ele poderia aproveitar a oportunidade, criando um posto de atendimento para ministros que precisam de ansiolíticos. Algumas doses fariam bem a Guedes.
Petista feliz
De um petista feliz com as últimas pesquisas debaixo do braço:
"Do jeito que vão as coisas, Bolsonaro não irá ao segundo turno porque não haverá segundo turno."
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