Não podia ser pior, por inútil e redundante, além de mal-afamada, a ideia de criação de uma Guarda Nacional para ser encarregada da segurança de uma área específica do Distrito Federal.
É inútil e redundante porque em Brasília há oito polícias, a Civil, a Militar, a Federal, a da Câmara, a do Senado e mais uma para cada Força Armada.
A ideia seria criar uma Guarda Nacional formada por pessoas aprovadas em concurso público. Nada a ver com milícia, mas o nome remete a uma instituição criada no Império. Depois da Guerra do Paraguai essa guarda passou a ser vista com desconfiança por muitos militares.
No dia 9 de novembro de 1889, um renomado político e jornalista publicou um artigo intitulado "O Plano Contra a Pátria" excitando os brios da tropa. Numa excelsa vivandagem, ele dizia:
"O exército ir-se-á escoando, batalhão a batalhão, até desaparecer da capital do império o último soldado, e ficar o Rio de Janeiro entregue às forças do conde d’Eu: a polícia, a guarda cívica, a Guarda Nacional".
Uma semana depois, a tropa depôs o imperador, desterrou-o com o genro conde e a família, empossando um marechal. O jornalista foi nomeado ministro da Fazenda. Chamava-se Rui Barbosa.
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