Foi dada a largada para o início das campanhas eleitorais para os candidatos que concorrem a cargos políticos, segundo o calendário eleitoral oficial. Desde a última terça-feira, está permitido fazer propagandas e pedir voto aos brasileiros.
Para encarar maratonas nos palanques, motociatas e lanchiatas com disposição, o presidente Jair Bolsonaro iniciou a dieta do Jesus intermitente.
Trata-se de um regime no qual o indivíduo acredita em Jesus em períodos curtos de tempo. Especialistas defendem que os intervalos são o suficiente para atingir ótimos resultados, como a conquista de votos do eleitor cristão e conservador.
Desde 2018, o presidente já ensaiava alguns passos da dieta, citando Jesus uma vez ou outra ao mês. Ao ver os resultados animadores, decidiu adotar como programa principal de saúde na campanha.
"Bolsonaro chegou a fazer o regime 'anticorrupção', que consiste em falar de honestidade esporadicamente", diz um nutricionista do Planalto. "Como não conseguiu seguir à risca, preferiu focar o Jesus intermitente."
O capitão iniciou a dieta com exercícios físicos na Marcha para Jesus e um almoço leve com religiosos em Juiz de Fora. Se serviu de argumentos como "milagres" por sobreviver à facada e contra o socialismo, itens com rápidos resultados.
Ele também defendeu o prêmio Nobel de economia ao seu ministro Paulo Guedes, uma grande prova de fé no seu Jesus intermitente.
Os períodos do regime podem durar de duas horas a três dias por mês. O indivíduo faz o uso de uma salada teológica, com tempero a gosto. O presidente, por exemplo, se alimenta da teoria de que Jesus "não comprou uma pistola porque não tinha". Como se não existissem outras armas no Império Romano.
Caso a pessoa não tenha ânimo para seguir o método, é indicado o apoio de familiares. Bolsonaro pede ajuda à mulher, que segue a dieta religiosamente, a ponto de julgar praticantes de outros regimes.
Ao contrário do que muitos pensam, o regime só é recomendado para quem segue os princípios cristãos à risca.
Quem pratica Jesus intermitente de forma desordenada pode ter efeitos indesejados, como queda nas pesquisas e derrota vexaminosa nas eleições. Nesse caso, os resultados positivos são para a população.
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