No início dessa semana, o prédio da sede do Twitter, localizada em San Francisco, surgiu com uma enorme letra "X" projetada acima de sua fachada.
Muitos esperaram ver projeções do portal de pornografia Xvideos. Mas eles se decepcionaram. Era o anúncio de mais uma decisão delirante do novo proprietário da rede social, o empresário Elon Musk.
Após demitir os principais cérebros da empresa, cobrar pelo selo de verificação, restringir o número de visualizações, o bilionário sul-africano anunciou a substituição da marca Twitter pela letra "X".
No dia seguinte, o passarinho azul, que há mais de 17 anos é marca registrada da rede social, foi apagado. No lugar, entrou o logo que parece fazer parte de uma rede de motéis de beira de estrada.
Musk já havia demonstrado paixão pela letra quando batizou a empresa espacial SpaceX e o modelo de carro Model X. Muitos anos antes, Eike Batista teve a mesma ideia e o resultado foi o mesmo de seu implante capilar: catastrófico.
Especialistas suspeitam que a decisão seja parte de um plano de vingança de Musk. O bilionário teria tuitado aos seguidores: "Bom dia". Como resposta, recebeu: "Bom dia para quem, boca de badejo?". "É fácil dar bom dia quando se é herdeiro hétero e branco." "Seu bom dia é desrespeito a quem teve um péssimo dia." Indignado, tomou a decisão extrema de arruinar a rede social.
Após matar o passarinho azul, Musk pretende trocar as expressões "tuíte" e "tuitar" por "xits" e "xitar", o que muitos indagam se seria uma alusão à palavra "shit". Em seguida, vai convidar usuários conservadores do moribundo Facebook a invadirem o antigo Twitter com posts sobre ameaças comunistas e reptilianos financiados por George Soros.
Ele vai trazer tiktokers para postarem dancinhas, dublagens e desafios, como pendurar pregadores nos mamilos e prender a respiração até a morte. Também vai remunerar influenciadores fitness do Instagram para que contaminem a plataforma com propaganda de chá emagrecedor e fotos de biquíni recheadas de frases de autoajuda.
Por último, Musk vai se juntar a Luciano Huck em uma grande campanha para que a rede se torne "um espaço menos beligerante para trocar opiniões". "Escrever, ler, concordar, discordar. E onde discordar não significa odiar."
Essa última ação promete ser o canto do cisne do Twitter.
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