Flávia Boggio

Roteirista. Escreve para programas e séries da Rede Globo.

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Flávia Boggio
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Bolsonaros fogem de barco porque a água bateu na bunda, dizem opositores

Investigadores da Polícia Federal ficaram surpresos com a saída do clã para pescar em plena segunda-feira de manhã

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A Polícia Federal cumpriu na manhã de segunda-feira mandados de busca e apreensão para investigação da chamada "Abin Paralela" do governo Jair Bolsonaro.

A PF mira pessoas envolvidas nas trocas de informações produzidas pela Abin, Agência Brasileira de Inteligência, de forma ilegal. O alvo, dessa vez, era Carlos Bolsonaro, vereador e filho do ex-presidente, acusado de ser um dos idealizadores do "gabinete do ódio".

A ilustração de Galvão Bertazzi mostra uma lancha vindo em direção ao leitor. Dentro dela três personagens vestidos de Ratos arremessam desesperadamente seus celulares e notebooks na água. Atrás deles uma enorme lancha de Polícia Federal o persegue. DOis alto falantes em cima da lancha da Policia Federal anunciam: TOC TOC TOC!
Ilustração de Galvão Bertazzi para coluna de Flavia Boggio - Flavia Boggio

Agentes foram até a casa da família em Angra dos Reis, onde se encontravam Jair e seus três filhos mais velhos. No entanto, quando chegaram ao local, a residência estava vazia. Todos tinham saído de barco para pescar, segundo os próprios Bolsonaros.

Investigadores ficaram surpresos com a saída do clã para pescar em plena segunda-feira de manhã. Não se tinha notícia de um Bolsonaro trabalhando, ainda mais tão cedo, desde os tempos em que Jair servia o Exército e tentava explodir quartéis.

Aliados negam que Carlos Bolsonaro tenha criado uma Abin paralela, já que, no governo anterior, nunca foi encontrada nenhuma forma de inteligência. Talvez seja esse o motivo do vereador ter criado uma agência paralela.

Na casa de Angra, agentes da PF levaram um celular e um computador de Carlos. A apreensão de poucos equipamentos levantou a suspeita de que, na pescaria, não foram lançados apenas anzóis ao mar.

Alguns acharam curioso o fato de os Bolsonaros terem alguma habilidade em navegação. Afinal, eles eram ligados a terraplanistas, que acreditam que todo mar termina em cachoeira.

Ao encontrar a polícia, na volta do passeio, a família fingiu estar boiando, mesmo já estando em terra firme. Também não soube dizer com quantos paus se faz uma canoa. Opositores alegam que a fuga foi, na verdade, porque a água bateu na bunda.

Mesmo andando de barco, Carlos Bolsonaro afirmou que o gabinete do ódio e a Abin paralela são águas passadas.

Há quem diga que, como alguns pescadores, o grande medo do clã é o tal "zóio de Lula".

Mas tudo indica que a saída de barco foi um teste de sobrevivência dos Bolsonaros, que estão afundando mais rápido do que o Titanic.

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