Fundador do Partido Novo. Formado em engenharia civil e administração de empresas, foi sócio do banco BBA e vice-presidente do Unibanco. É sócio do instituto Casa das Garças.
R$ 51 milhões e 5 vezes eleito
Divulgação | ||
Dinheiro apreendido em apartamento atribuído a Geddel Vieira Lima, em Salvador |
Na semana passada mais um político, suspeito de atos ilícitos, foi preso. Desta vez foi o ex-ministro e ex-deputado federal eleito cinco vezes consecutivas pelo PMDB, Geddel Vieira Lima —a Polícia Federal encontrou R$ 51 milhões em um apartamento atribuído a ele em Salvador.
Desde o início das investigações da Lava Jato somos expostos, quase que diariamente, ao cinismo de vários mandatários. Descobertos em situações constrangedoras, com claros indícios de irregularidades, expõem desculpas inacreditáveis e continuam em liberdade graças ao foro privilegiado.
A grande quantidade de escândalos e o envolvimento de um número elevado de lideranças evidenciam uma realidade: votamos mal.
A necessária renovação na política está nas mãos do cidadão e será reflexo das nossas escolhas e atitudes.
Se queremos construir uma sociedade próspera, sustentável, sem líderes populistas e em que todos tenham oportunidades precisamos:
- Valorizar o sucesso, deixando de lado o vitimismo.
- Combater a pobreza e não necessariamente a desigualdade, somos diferentes por natureza.
- Entender que todo direito tem como contrapartida um dever, caso contrário não é um direito, mas sim, um privilégio.
- Atribuir ao indivíduo e não ao Estado a responsabilidade pelas mudanças que almejamos.
- Assumir o papel de protagonista nas nossas vidas e deixarmos de demandar que outros façam por nós. Precisamos nos livrar do modelo de Estado paternalista que serviu apenas para tentar infantilizar a população e perpetuar uma classe política, na sua maioria, incompetente e despreparada.
- Deixar a grande parte do produto do trabalho das pessoas e da sua poupança com o cidadão e não com o Estado. O indivíduo é o melhor gestor da sua vida.
- A solidariedade é uma ação que todos podem e devem praticar, não deve ser uma atividade atribuída apenas ao Estado.
Essa mudança começa com atitudes simples que demonstrem coerência entre o que demandamos dos nossos representantes e o que praticamos no nosso dia a dia.
Vamos começar exercendo nossos deveres como cidadão em ações básicas como, por exemplo: não furar filas, não trafegar no acostamento, não subornar o agente público que vai aplicar uma multa, não solicitar um atestado médico indevido para justificar faltas, não entrar com uma ação trabalhista quando recebeu o combinado, não ocupar o espaço reservado para o idoso, não jogar lixo na rua, não emprestar o nome para um conhecido obter um empréstimo, não vender o voto.
Basicamente, fazer o que é correto sem precisar ser policiado.
A educação de um povo faz a diferença, seus hábitos e costumes se refletem nos líderes que escolhem e nos destinos da nação.
Por outro lado, os ocupantes de cargos públicos precisam entender que são funcionários do povo brasileiro, pagos com nossos impostos, e que têm compromissos de atuar dentro dos princípios estabelecidos na Constituição Federal.
É este o modelo que precisamos adotar na reconstrução do Brasil.
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