Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri

Chocolate neles ou canivetada na gente?

Coluna aposta no Brasil e que a indiferença com a Copa terá seu ponto final

Sochi

Chegou o dia da estreia!

Os suíços produzem o melhor chocolate do mundo, assim além de canivetes e relógios, e buscam se impor no futebol.

Neymar durante reconhecimento do gramado do Arena Rostov para o jogo contra a Suíça
Neymar durante reconhecimento do gramado do Arena Rostov para o jogo contra a Suíça - Eduardo Knapp/Folhapress

Têm um time miscigenado, com sete jogadores negros entre os 23 convocados, que marca forte, mas que abandonou sua marca registrada desde os anos 1930, o ferrolho.

Estatísticas são estatísticas não mais que estatísticas e mostram equilíbrio nos confrontos entre os dois times em oito jogos, com três vitórias brasileiras e duas suíças.

A última delas, em 2013, por 1 a 0, na Suíça, gol contra do hoje ausente Daniel Alves, mas com Thiago Silva, Marcelo, Paulinho e Neymar.

Será o segundo jogo por Copas, os demais foram amistosos, e o primeiro, no Pacaembu, em 1950, acabou 2 a 2, o que valeu a fama de pé-frio para a torcida paulista até o Maracanazo.

Nesta fase de grupos será o embate de maior número de pontos pelo ranking da Fifa, entre os segundos colocados, os brasileiros, e os sextos --melhor pontuação que o clássico Portugal (4º lugar) e Espanha (10°).

Nas 20 estreias anteriores de seleções nacionais, foram duas derrotas, nas primeiras Copas, em 1930 e 1934, quando perderam para Iugoslávia (2 a 1) e Espanha (3 a 1), respectivamente, e dois empates, em 1974 e 1978, contra Iugoslávia (0 a 0) e Suécia (1 a 1), com, portanto, 16 vitórias.

Empatar neste domingo (17) não será mau resultado se o desempenho do time for bom, coisas que não se excluem.

Se perder, não será o fim do mundo porque não impedirá a classificação adiante nos dois jogos restantes, contra Costa Rica e Sérvia, mas será um duro golpe no justificável otimismo que cerca o time de Tite.

Mais: os cinco títulos brasileiros foram conquistados de maneira invicta, e certas superstições não são desprezíveis quando se trata de futebol, mais até que os números. 

É tradicional dizer que os times latinos sofrem de ansiedade em estreias, embora o time brasileiro seja provado e tenha dado demonstrações frequentes de frieza desde que bateu os então favoritos equatorianos nas eliminatórias, em Quito, e por 3 a 0, no primeiro jogo sob o comando de Tite.

Além da enorme expectativa sobre como Neymar e companhia se comportarão logo mais, a coluna aposta no Brasil e que a indiferença com a Copa terá seu ponto final.

Chocolate neles ou canivetada na gente?

As próximas horas dirão...

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