O argentino que levou o Fortaleza à Libertadores é outro estrangeiro a brilhar
Em 2019, o técnico português Jorge Jesus levou o Flamengo ao título brasileiro, e o argentino Jorge Sampaoli arrancou o vice-campeonato com o Santos.
No mesmo ano, Jesus venceu a Libertadores e fez o Flamengo jogar de igual para igual com o Liverpool na decisão do Mundial.
Em 2020 e 2021, o lusitano Abel Ferreira ganhou o bicampeonato continental com o Palmeiras.
Nesta mesma temporada de 2021, outro argentino, Juan Vojvoda, conseguiu a façanha de acabar o Campeonato Brasileiro em quarto lugar e dar ao Fortaleza sua primeira participação no torneio mais badalado da América, atrás apenas dos milionários Atlético Mineiro, Flamengo e Palmeiras, à frente do pródigo Corinthians.
Não há como comparar o elenco do tricolor cearense com o dos três que lhe ficaram à frente, nem com o alvinegro que superou.
Negar a Vojvoda o título de treinador do ano tem apenas duas explicações: a praxe preguiçosa e confortável de conceder a honraria ao profissional campeão é uma delas; a outra se deve e dois preconceitos, contra os nordestinos e contra os estrangeiros, nesta ordem.
Porque nem se trata de apenas considerar os resultados do Fortaleza, mas, sobretudo, o desempenho, a qualidade do futebol apresentado pelo time, apesar das carências e do inevitável desgaste ao fim da maratona —sem esquecer as viagens sempre mais exaustivas dos times que vivem lá em cima do mapa brasileiro.
Sem se dizer que Vojvoda não recorre a métodos extrafutebol, às superstições, ou demagogias do tipo camisetas com imagens sacras, embora vestidas por quem tenha cometido violência inominável contra mulher sem nem sequer até hoje ter pedido desculpas.
Pode parecer intransigência, e é.
Porque parece incrível verificar como os mesmos que fazem campanhas denunciando assédio são capazes de passar por cima de fatos passados, como se o tempo os apagasse, e enaltecer qualidades do agressor.
É o rouba mas faz em novo formato, estuprou mas não matou e foi campeão de futebol. Viva!
Vojvoda não roubou, não estuprou, não matou e fez do Fortaleza a quarta força nacional em campeonato de pontos corridos, sem precisar contar com os acasos do jogo que, em torneios de mata-mata, fazem campeões mais por acidente do que por merecimento.
Ao lado de Weverton, Pikachu, Gustavo Gómez, Junior Alonso e Guilherme Arana; Edenilson, Jair, Raphael Veiga e Nacho Fernández; Michael e Hulk, quem fez por merecer o prêmio de melhor treinador do Campeonato Brasileiro foi ele, Vojvoda.
Embate atleticano
Neste domingo (12), os Atléticos de Minas e do Paraná se encontram no Mineirão para o jogo de ida da decisão da Copa do Brasil, com amplo favoritismo alvinegro.
O Galo, por sinal, esteve perto de mostrar que dá para ganhar tudo com elenco e bom planejamento.
A Libertadores lhe escapou por detalhe, invicto, dessas ironias do futebol: a perda do pênalti cobrado por Hulk, o jogador do ano, na casa verde, nas semifinais da Libertadores contra o Palmeiras.
É muito improvável que a Copa do Brasil pregue peça parecida.
Negar em alemão
Joshua Kimmich é um senhor lateral e volante do Bayern Munique que se negou a ser vacinado, pegou Covid e está fora do futebol até o ano que vem, porque com o pulmão seriamente comprometido.
Kimmich é apenas um idiota como tantos outros negacionistas pelo mundo afora e pelo Brasil adentro.
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