Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Em jogo multicolorido no Morumbi, empate pintou justo na cinzenta tarde paulista

Rogério Ceni e Fernando Diniz não têm do que se queixar, assim como os torcedores

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O clássico dos tricolores não poderia passar em branco.

E ficou grená logo na metade do primeiro tempo, pois Patrick perdeu a bola no meio de campo e André não perdoou para abrir o placar, quando o completo Fluminense era melhor que o desfalcado São Paulo.

Ficou vermelho em seguida, com o empate de Luciano, aproveitando-se de desvio de André.

Da palheta de Ganso eram pintados os melhores momentos cariocas, enfrentados com tamanho denodo pelos paulistas que Patrick virou ainda antes do fim dos 45 minutos iniciais.

Rafinha, do São Paulo, disputa bola em partida contra o Fluminense pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, no estádio do Morumbi, no domingo (17)
Rafinha, do São Paulo, disputa bola em partida contra o Fluminense pela 17ª rodada do Campeonato Brasileiro, no estádio do Morumbi, no domingo (17) - Eduardo Carmim/Photo Premium/Agencia O Globo

Nestes tempos de lutar pelo preto, e salvar o verde, o belo espetáculo terminou como aquarela do Brasil, no embate entre as concepções de dois dos treinadores mais promissores do futebol que consagrou a camisa amarela.

Porque o São Paulo resistiu com a bravura possível à técnica do Fluminense, premiada com o empate pelo zagueiro Manoel: 2 a 2!

Tanto Rogério Ceni quanto Fernando Diniz não têm do que se queixar, assim como os mais de 47 mil torcedores no Morumbi.

Goleada?

O Cuiabá deve ser a vítima ideal para pagar pelo que não fez nesta segunda-feira (18).

Fera ferida pelo VAR, o Palmeiras haverá de querer não deixar pedra sobre pedra depois da injusta queda na Copa do Brasil.

Inesquecível

A previsível vitória do Ceará sobre o Corinthians por 3 a 1 seria apenas mais um jogo não fossem três dos quatro gols absolutamente sensacionais, prêmios à coragem e ao talento de seus autores, Róger Guedes, Bruno Pacheco e Vina, capazes de fazer uma noite comum virar de gala.

Varonil

Com o perdão do trocadilho infame, mas, em vez de solução, o problema do VAR no Brasil talvez esteja em rimar com varonil.

Quem sabe se entregar a ferramenta às mulheres o excesso de intervencionismo se resolva.

Elas, mais seguras de si, têm menos propensão a querer mostrar poder e provavelmente não se meterão tanto no jogo.

Pegue o exemplo do último Palmeiras e São Paulo.

O pênalti cometido por Calleri aconteceu, mas o assoprador de apito não marcou na hora apesar de estar bem colocado. Se o jogo tivesse seguido sem a chamada do VAR, não haveria escândalo nenhum. Pura questão de interpretação, bola na mão ou mão na bola.

Já o pênalti marcado em Calleri não aconteceu, e, também, a colocação do assoprador era boa, a ponto de ele não assinalar. Se o jogo tivesse sem a chamada do VAR, não haveria escândalo nenhum. Pura questão de interpretação o toque do zagueiro sem força para derrubar o atacante.

Só que o VAR interveio nas duas vezes e convenceu o assoprador, de personalidade fraca, a mudar de opinião.

Entra diretor de arbitragem, sai diretor de arbitragem na CBF e o problema permanece.

Nenhum deles consegue convencer seus subordinados de que o VAR só deve ser acionado em caso de erro flagrante, longe do acontecido em ambos os casos, mas o todo-poderoso na cabine parece precisar dar o ar de sua desgraça.

As mulheres são mais discretas.

Fica a sugestão.

Alienados

Os jogadores de futebol acordaram tarde para a retirada de direitos trabalhistas obtidos na Lei Pelé.
São incapazes de se livrar dos pelegos de seus sindicatos que os deixam ao deus-dará, e protestar agora parece mera formalidade.

Porque a cartolagem, aliada ao que há de pior no Congresso Nacional, além do desconhecimento da maioria dos parlamentares sobre os temas do esporte, já cravou o punhal.

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