Imagine que Pep Guardiola manifeste o desejo de substituir Tite na seleção brasileira depois da Copa do Mundo, pois o treinador brasileiro já avisou que irá embora da CBF.
Suponha que Tite tenha sido vitorioso e conduzido o time ao sonhado hexacampeonato e esteja coberto de glórias.
Mesmo assim, vocês, rara leitora e raro leitor, exigiriam do técnico catalão a indicação do nome de seu auxiliar para aceitar a candidatura ou tratariam em primeiro lugar de contratá-lo para resolver os detalhes depois?
Alguém com o currículo de Guardiola, campeão no Barcelona, no Bayern Munique e no Manchester City, com futebol encantador, precisa provar mais alguma coisa?
Ora, Luiz Inácio Lula da Silva presidiu o país por oito anos quando, além de ter feito o mais importante, ter tirado o Brasil do mapa da fome, pôs a economia nacional em sexto lugar no ranking mundial e mereceu até capa da insuspeita revista inglesa The Economist, que substituiu o gigante adormecido por um avião decolando.
Não pode caber dúvida sobre a capacidade do ex-metalúrgico para acabar com a crise.
Além do mais, infelizmente, o atual governo ficou longe de ser campeão no que quer que seja, fora o recorde de quase 700 mil mortes na pandemia e das barbaridades ditas e feitas pelo incumbente e seus tresloucados ministros, desde o tal que de trilhão só produziu espuma à nefasta senhora que anunciou extração dentes das crianças para fazer sexo oral, passando pela desmatador geral da união, da grossa corrupção do clã Bolsonaro etc.
Ora, Folha, o gol do momento passa sim pela economia, mas vai além, porque será o da derrota do fascismo e consagra a democracia.
Não é possível que em nome de mais lucros para poucos um jornal democrático se lixe para milhões que passam fome.
Um diário que abriga mestre Janio de Freitas, Cristina Serra, a melhor presidenta que a ABI não teve, e a brilhante Karla Monteiro, entre tantas outras e outros finos analistas da cena brasileira, não poderia tropeçar assim em momento tão delicado, embora, para a Folha ser Folha, para a Folha continuar a ser Folha, se permita apanhar de sua equipe até na página de Esportes.
Não há nada nem parecido na imprensa brasileira, o que, diga-se, não a redime do erro gigantesco e surpreendente.
Ganha o leitor.
Dez pontos
O Palmeiras mantém dez pontos de vantagem sobre o segundo colocado, o Internacional, no Campeonato Brasileiro.
O ex-presidente Lula, segundo a última pesquisa do Ipec, também tem dez pontos de dianteira sobre seu adversário.
Faltam sete rodadas para terminar o torneio e 17 para o dia da eleição.
O tempo passa e resta muito pouco para acontecer viradas.
Mano Menezes, o treinador gaúcho, já disse que o objetivo colorado é ficar no G4, sem enganar ninguém, sem iludir o torcedor sempre disposto ao autoengano.
No segundo turno eleitoral o quadro é diferente, embora o tempo seja igualmente escasso.
O sociopata é sociopata e, portanto, dedicado a fabricar mentiras e teorias conspiratórias contra as urnas eletrônicas, tanto que impede a publicação da conclusão do Exército sobre a lisura do primeiro turno, como de resto em todas as eleições desde a implantação delas, em 1996.
Como sabe que será derrotado e, muito provavelmente, por margem maior que no primeiro turno, diferentemente de Mano Menezes, prepara o choro e o mimimi.
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