O São Paulo viveu tarde deplorável em Córdoba, ao ser derrotado, com justiça, pelo equatoriano Independiente Del Valle, por 2 a 0.
Cansou-se de perder gols, Calleri esteve em jornada tão desgraçada que acabou expulso —e ainda teve a companhia de Diego Costa.
Ou seja, o time perdeu na bola e a compostura.
Mas seu presidente, Julio Casares, muito vaiado ao fim da decisão, conseguiu, uma semana antes da frustrante derrota, mudar o estatuto do clube para ter novo mandato.
Fernando Henrique Cardoso fez o mesmo para ser reeleito e felizmente vive para se arrepender do que fez.
Cabe discutir se reeleições são necessariamente más, mas não cabe dúvida sobre o caráter golpista de promover o instrumento para dele se beneficiar.
E olhe que FHC tinha feito bom primeiro mandato, diferentemente de Casares no São Paulo, hoje dos clubes mais retrógrados do país.
Ele quer ficar, coisa que não se sabe em relação ao treinador Rogério Ceni.
Daí terem os calculados 8.000 são-paulinos que foram ao jogo responsabilizado o cartola pela derrota ao chamá-lo de golpista, em coro. Ele terá corado?
O São Paulo anda tão mal das pernas que conquistar a série B continental virou o Santo Graal, assim como o Paulistinha de 2021 havia virado a Copa do Mundo. Então, ao menos, ganhou. E do Palmeiras.
Agora, perdeu, e não foi para o Boca Juniors ou para o River Plate.
Só resta dizer, com pesar: São Paulo Futebol Clube, quem te viu, quem te vê.
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