Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri

São Paulo com medo de água benta

Se nova zebra ainda é possível no Paulistinha, o palco está na casa verde

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O Água Santa ameaça o São Paulo como o time que pode ser nova surpresa das finais do Paulistinha.

Ameaça por alguns bons motivos. A começar pelo fato de o tricolor mandar o jogo na casa do rival Palmeiras, o que é, no mínimo, estranho.

Jogadores do Água Santa durante treino na tarde deste domingo (12) - Esporte Clube Água Santa no Facebook

A continuar porque os dois têm campanhas idênticas e apenas diferentes pelo saldo de gols; ambos com 23 pontos e igual número de vitórias, derrotas e empates.

O Água Santa acumulou quatro vitórias em seus derradeiros jogos, em surpreendente recuperação, e entra em campo na noite desta segunda (13) como franco-atirador. Nada que retire do São Paulo a condição de favorito; e se assim não fosse o time de Diadema não seria zebra.

Enfim, Rogério Ceni que resolva o "diadema retroz" e faça prevalecer a superioridade de seu time no papel e no investimento, apesar da dívida colossal que obriga alugar o Morumbi para shows de rock em vez dos de futebol.

TRAGÉDIA CORINTIANA

Ser eliminado em casa pelo Ituano é dessas coisas imperdoáveis para um time como o Corinthians que, por ironia, segue invicto em Itaquera com o empate 1 a 1.

Depois de jogar menos que os visitantes no primeiro tempo, os corintianos jogaram bem melhor no segundo, mas não tiveram cabeça para virar o placar, como, no caso, convenhamos, era obrigatório.

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Roger Guedes e Marcelo Freitas na partida Corinthians (6) 1 x 1 (7) Ituano - Rodrigo Corsi/Ag. Paulistão/Divulgação

Coisa rara em jogos decisivos, Cássio falhou no gol e pegou apenas um pênalti, menos que Jefferson Paulino, o herói de Itu.

Fagner desperdiçou, como na Copa do Brasil, sua cobrança, e Raí, o outro, fez golaço e perdeu penal, também como outro, o verdadeiro.

PALMEIRAS IRRITANTE

Abel Ferreira montou um time irritantemente seguro de si, jogue bem ou mal, sempre vitorioso, como o São Bernardo pôde testemunhar.

A perda de Gustavo Scarpa, que assegurava fantasia ao desempenho triunfante, acentuou o pragmatismo. E a nave segue em rota sem percalços, com Weverton garantindo atrás a eficácia de Rony na frente, como se estivesse tudo pacientemente calculado até o dia em que, como prevê o próprio treinador, acontecer uma derrota.

Rony comemora seu gol contra o São Bernardo - Cesar Greco/Palmeiras

Quando ninguém sabe e nada indica que será neste Paulistinha, prestes a abdicar do diminutivo se as finais forem entre dois grandes.

Em tempo: sem reclamações, por favor, a não ser que você queira amputar os braços de Marcos Rocha, o que, convenhamos, é maldade impensável.

TANTAS EMOÇÕES

Jogaram Golden State Warriors, que luta por vaga nos playoffs da NBA, e Milwaukee Bucks, líder da classificação geral, sem seu principal jogador, o gigante grego, 2,11m, Giannis Antetokounmpo.

Aconteceu de tudo que o basquete pode apresentar.

Até apenas 4 a 4 nos primeiros seis minutos do jogo, numa sucessão de arremessos no ferro, compensados ao fim do primeiro tempo com 50 a 49 para os anfitriões de São Francisco liderados por Stephen Curry, 1,91m, que voltou à casa depois de longa recuperação de lesão, mas que havia perdido, fora, todos os três jogos depois do retorno.

Stephen Curry, 30, do Golden State Warriors, arremessa diante de Jevon Carter, 5, do Milwaukee Bucks - Thearon W. Henderson/Getty Images/AFP

Ao faltarem dois minutos, os visitantes venciam por 108 a 100 e pareciam ter a vitória assegurada.

Aí, virou loucura: Curry e Klay Thompson acertaram a mão, empataram em 108, Jrue Holiday fez 111, Curry empatou e ainda evitou, em seu primeiro bloqueio em segundos finais na carreira, que houvesse o arremesso decisivo.

O jogo foi para a prorrogação e o GSW atropelou ao vencer por 125 a 116.

Difícil, rara leitora e raro leitor, é dormir depois de tanta adrenalina.

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