Juca Kfouri

Jornalista, autor de “Confesso que Perdi”. É formado em ciências sociais pela USP.

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Juca Kfouri

O Real Madrid x Barcelona brasileiro?

Nosso atual maior clássico decepcionou e só projetou o próximo no Maracanã

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Marque desde já em sua agenda: dia 4 de agosto, um domingo, no Rio de Janeiro, Flamengo e Palmeiras darão sequência, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro à rivalidade estabelecida nos últimos anos em busca da hegemonia no futebol brasileiro.

Como chegarão ao dia é impossível dizer. A única certeza é a de que, estejam como estiverem na tábua de classificação, não haverão de repetir a pelada disputada no feriado de 21 de abril.

O jogo retratou o momento pobre de nosso futebol.

Dois jogadores palmeirenses tentam dominar a bola, enquanto um flamenguista reclama de dor no chão
Disputa de bola durante o jogo entre Palmeiras e Flamengo no Allianz Parque, em São Paulo, neste domingo (21) - Divulgação/Palmeiras

A começar pelo estádio alviverde sem plena capacidade por causa de shows musicais, o que não acontecerá no Maracanã.

Quando o clássico começou, cada um havia vencido o outro 23 vezes, com 27 empates pelo Brasileirão. E havia 12 jogos sem triunfos alviverdes, desde 2017, no torneio, com seis vitórias rubro-negras.

Tite poupava De La Cruz e o goleador Pedro.

Abel Ferreira ia com força máxima, depois de ter sido surpreendido pelo Inter no meio da semana em derrota fora dos seus cálculos.

Mas o primeiro tempo inteiro decepcionou em razão diretamente proporcional à expectativa despertada, sintoma do medo de perder e do desrespeito ao torcedor ávido por espetáculos, como os felizardos ingleses.

O segundo tempo melhorou um pouquinho, embora desse a impressão de que o empate era bem-vindo, fruto também do calendário sabotador que impôs jogo tão decisivo logo na terceira rodada.

Um madridista ou catalão que visse o jogo apresentado como o entre os dois melhores times do país ficaria ofendido, e com razão, com a comparação ao El Clásico como no título desta frustrada coluna, certa de que contaria a história de ótimo jogo.

A bola rolou pouco, as faltas foram demasiadas e nem mesmo o montão de substituições feitas pelos dois treinadores resultou em algo melhor.

Uma criança que tenha sido levada ao estádio certamente se entediou.

A que estivesse diante da TV foi fazer outra coisa.

S.O.S CORINTHIANS!

Aqueles que têm voz e voto no Parque São Jorge, e põem o Corinthians à frente de seus interesses, ou se mobilizam para salvá-lo já ou verão seus atuais dirigentes fazer fortuna à custa da miséria do clube.

Nem se trata de avaliar três jogos sem gols com duas derrotas. É muito pior que o péssimo começo no Campeonato Brasileiro.

Trata-se da fome insana dos que chegaram ao poder depois que a incompetência, a mediocridade e a nebulosidade de administrações anteriores levaram o Corinthians à terra arrasada.

O time da maior torcida do maior mercado brasileiro é apenas reflexo dos saltimbancos que tomaram o clube de assalto voltados aos próprios umbigos.

A hora é agora. Depois, será tarde.

Fora Melo! Fora Rubão! Fora Tuma! Fora Sanchez e Monteiro Alves!

Como diria o corintianíssimo d. Paulo Evaristo Arns, "não há derrotas definitivas para o povo".

Que São Jorge nos proteja!

CRUELDADE SEM FIM

Se a rara leitora e o raro leitor quiserem ver com seus próprios olhos a que ponto o futebol é capaz de surpreender e ser cruel, procurem no YouTube os momentos chave da semifinal da Copa da Inglaterra entre o Golias Manchester United e o Davi Coventry City.

Spoiler: estava 3 a 0 para o United e o Coventry empatou, para levar o jogaço à prorrogação, quando acertou o travessão e teve gol anulado no derradeiro minuto, o que forçou a cobrança de pênaltis.

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