Um inesperado bocejo não escolhe idade ou sexo, mas tem o seu ritual.
Em pouco menos de dez segundos nos faz abrir a boca e fechar as pálpebras enquanto inspiramos profundamente, para em seguida expirar.
Atualmente o bocejo é considerado um sinal ou sintoma de várias condições neurológicas e também pode estar presente para reduzir a sonolência e promover a atenção.
Ele ainda pode aparecer por “contágio”, como explicam pesquisas em neurofisiologia, referindo a ativação de áreas cerebrais associadas à imitação, empatia ou comportamento social ao ver uma pessoa bocejar.
O médico Hélio Teive e colaboradores do serviço de Neurologia do Hospital das Clínicas da Universidade Federal do Paraná apresentam em recente número da revista Arquivos de Neuro-Psiquiatria uma revisão das pesquisas médicas relacionadas ao bocejo.
O bocejar está principalmente relacionado a distúrbios do sono, como a insônia, ou a palestras e conferências soníferas.
Mas também pode aparecer na doença de Parkinson e em pacientes após um AVC (acidente vascular cerebral). Segundo os autores, no AVC sugere dano no tronco encefálico, em estruturas da córtex cerebral ou hipertensão intracraniana.
Os períodos que antecedem e sucedem crises epilépticas e espasmos infantis também podem ser acompanhado de bocejos.
Já em outros distúrbios, como autismo e esquizofrenia, a presença do bocejo é rara, dizem os cientistas.
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