A fragilidade física dos idosos esconde a bagagem da vivência que os anos trazem.
Nestes tempos de crise pela pandemia da Covid-19, tem sido observado pelas ruas fluxo de idosos, muitos deles flanando em direção a bancos, farmácias e padarias, sem máscara.
Igualmente chama a atenção que a aparência frágil dos idosos os torna vítimas preferenciais de golpes devido a vulnerabilidades como solidão e fatores como gênero, renda, educação e confiança.
Entretanto, comportamento diferente do esperado pelos idosos é retratado em estudo publicado na revista Frontiers in Psychology.
Alguns dos idosos vítimas de fraudes, mostra a pesquisa, também são menos honestos e conscientes do que as não-vítimas da mesma idade.
As pessoas altamente conscientes consideram cuidadosamente e com clareza as consequências de suas ações. Esses idosos são extremamente honestos e têm maior probabilidade de evitar serem enganados, explicam os autores do estudo.
Outros idosos, portadores de níveis baixos de consciência ou escrúpulos, tendem a agir por impulso e costumam negligenciar os pequenos detalhes.
Essas tendências pode levá-los a concordar impulsivamente com os pedidos de golpistas e ignorar detalhes que indicariam intenção maliciosa contra o idoso.
O estudo foi desenvolvido na Universidade de Toronto, no Canadá, com pessoas entre 60 e 90 anos de idade demonstra que a habilidade cognitiva (capacidade de adquirir conhecimentos) estabelece a diferença entre vítimas e não-vítimas.
Nesta habilidade relacionada à capacidade de pensar, aprender e raciocinar estão também a de realizar cálculos simples de cabeça e acompanhar uma conversação.
Como refere o dr. Kang Lee, um dos autores do trabalho, essa habilidade também identifica, evita e previne fraudes contra os idosos.
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