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Juan Pablo D´Antiochia

O Pix e suas inovações para o setor de pagamentos no Brasil

Praticidade, agilidade e acessibilidade são solo fértil para novas funcionalidades

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Juan Pablo D'Antiochia

Vice-presidente sênior da Worldpay from FIS para América Latina

O sucesso do Pix no Brasil é incontestável. Esse método de pagamento digital se destaca entre os brasileiros e não há como negar que trouxe uma revolução ao mercado, com inúmeros benefícios. De acordo com o The Global Payments Report 2023, desenvolvido anualmente pela Worldpay from FIS, até o final de 2022, 24% das transações no comércio eletrônico brasileiro foram feitas via Pix. E esse sistema, reconhecido por sua rapidez e conveniência, ainda tem grandes perspectivas de trazer mais novidades ao mercado financeiro nos próximos anos.

Recentemente, o Banco Central anunciou uma série de medidas com o intuito de ampliar a abrangência do Pix, dentre elas, uma muito aguardada: a opção de parcelamento. Está previsto que essa novidade entre em vigor a partir do segundo trimestre de 2024. No entanto, alguns bancos, tradicionais ou digitais, decidiram se antecipar e já começaram a oferecer o "Pix parcelado". Esse modelo se assemelha a um parcelamento com juros no cartão de crédito. Embora ainda não oficializado como padrão pelo Banco Central, representa um sinal claro de como o setor privado está proativamente se adaptando e inovando com base no Pix.

Outra inovação prevista, também para 2024, é o Pix Automático, que será uma modalidade voltada para pagamentos recorrentes, combinando a experiência de débito automático em conta com a gestão de assinaturas digitais, que se tornou um hábito comum em nossa rotina de consumo de produtos e serviços. A expectativa é que este modelo ofereça flexibilidade e a opção de cancelamento a qualquer momento, garantindo uma experiência mais cômoda e controlada ao usuário.

Sem dúvida, há um incentivo claro para que modelos de negócios ainda atrelados ao boleto bancário migrem para o Pix. Ainda assim, as bandeiras de cartão de crédito vêm demonstrando interesse e se mobilizando para oferecer taxas mais atraentes, em uma tentativa de garantir que os cartões retenham um percentual desses pagamentos.

Enquanto a utilização do Pix avança, ofertando pagamentos instantâneos e outras funcionalidades que são integradas, o cartão de crédito não perde sua atratividade, sobretudo por ofertar diferenciais, principalmente no que concerne à segurança das transações —como os chargebacks, ausentes em transações via Pix— e também programas de fidelidade.

Devem avançar, ainda, alguns modelos de negócio recorrentes onde os cartões de crédito nunca penetraram no país, e nos quais os consumidores brasileiros estão acostumados a fazer o desembolso imediato (como é o caso do boleto), como utilities e educação.

Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Com estas e outras funcionalidades sendo integradas, é provável que o Pix se torne o principal método de pagamento no Brasil, apresentando um horizonte promissor de crescimento em pouco tempo. A adoção dessa tecnologia representará um significativo avanço, especialmente para os comerciantes e empresas, agilizando e reduzindo custos dos pagamentos, além de influenciar de forma positiva no fluxo de caixa das empresas.

Indiscutivelmente, o Pix não se consolida apenas como uma ferramenta de pagamentos, mas como uma plataforma robusta e multifacetada, com um potencial disruptivo muito grande na indústria de pagamentos brasileira.

A visão do Banco Central vai além de sua função primordial de transferências e pagamentos instantâneos, enxergando-o como um catalisador de inovações. A estrutura do Pix, que mescla praticidade, agilidade e acessibilidade, é solo fértil para novas funcionalidades, integrações e soluções financeiras que estão destinadas a redefinir como gerenciamos e interagimos com nosso dinheiro.

À medida que embarcamos nesta jornada financeira revolucionária, podemos esperar que o Pix continue a ser o precursor de inovações que enriquecem e simplificam ainda mais nossas transações e experiências financeiras cotidianas, mantendo o Brasil no epicentro dos avanços em pagamentos digitais globais.

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