Laura Muller

Psicóloga clínica, comunicadora e especialista em educação sexual. É autora de 'Educação Sexual em 8 Lições - Como Orientar da Infância à Adolescência', entre outras obras.

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Sexo com ou sem compromisso? Eis a questão!

Em qualquer idade, há o desafio de ter coragem para se envolver, criar vínculo e viver o amor com seus altos e baixos

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Esta semana é a do Dia dos Namorados e muita gente fica bem mexida com isso. Quem tem companhia, e também motivos para comemorar, faz de tudo para a data ser especial. Quem não tem, muitas vezes passa um dia bem deprê justamente por estar sem um amor.

Mas o assunto aqui é sexo, não é? Então vamos falar disso: tudo bem fazer sexo sem o menor compromisso? Ou melhor com compromisso, ou seja, namorando?

Vamos lá que a resposta é um tanto delicada. Ou polêmica.

Vou começar pela parte polêmica. Em tempos de infecções sexualmente transmissíveis e aids, quanto mais as pessoas selecionam com quem praticam sexo, melhor. Ou seja, quanto mais se evita o sexo sem compromisso, melhor.

Tudo bem fazer sexo sem compromisso? E com? - Personare

Mas a polêmica está justamente no seguinte ponto: não é deixar de fazer sexo sem compromisso que automaticamente livra a pessoa de se infectar com as possíveis doenças transmitidas pela prática do sexo.

Nos namoros e relacionamentos com compromisso, ainda há esse risco (e por isso é tão importante o uso de preservativo, entre outras medidas preventivas como vacinação, exames e consultas pelo menos uma vez ao ano com o médico ginecologista ou urologista).

Então, qual a saída?

Como sempre, bom senso é a melhor opção. A pessoa não precisa sair por aí transando com tudo o que vê pela frente, não é mesmo? Pode, e deve, selecionar a parceria erótica. Especialmente se estivermos falando de universo adolescente.

Nessa fase da vida, quanto mais a gente selecionar as coisas, especialmente as relações amorosas e sexuais, melhor. E por que motivo? Porque a adolescência, apesar de ser uma fase de experimentação, ainda não é a etapa adulta da vida, em que em geral ficamos mais amadurecidos para lidar com desafios e obstáculos.

Então, a recomendação na adolescência é tentar fazer tudo com o máximo de cautela possível, para ir experimentando as coisas aos poucos, e aprendendo a lidar cada vez mais com elas.

A dica, portanto, é: vá com calma. Se você é jovem, com os hormônios à flor da pele e muito, mas muito desejo, é importante ter mais calma ainda. E escolher bem. Assim o sexo fica mais saudável, mais responsável e mais prazeroso.

Agora vamos à questão delicada.

Parece que há no mundo uma escassez de pessoas abertas a se ligar a outras afetiva e sexualmente. Ou seja, a manter um vínculo, um namoro, um relacionamento com compromisso. Ora, se falta gente que quer namorar, como é que fica o sexo com compromisso?

Pois é, fica difícil, bem difícil. Mas não impossível. E neste ponto a adolescência e a fase adulta jovem saem na frente: quando estamos nessa fase, temos infinitas possibilidades de conhecer pessoas, de formar grupos, de fazer amigos, de nos interessarmos por alguém, nos apaixonarmos e... de namorar!

Claro que nas outras fases isso também pode ocorrer. Só que, quanto mais jovem, mais tempo e disposição temos para investir nessas vivências.

Lembrando que, em qualquer idade, há um gigantesco desafio: ter coragem! Pra quê? Para se envolver, criar vínculo e viver o amor, com seus altos e baixos, limites e possibilidades, e tudo o mais que vier pela frente.

Se você tem alguma pergunta, dúvida ou sugestão, escreva para folhateen@grupofolha.com.br.

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