Laura Muller

Psicóloga clínica, comunicadora e especialista em educação sexual. É autora de 'Educação Sexual em 8 Lições - Como Orientar da Infância à Adolescência', entre outras obras.

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Você é um bi de festinha? Conhece alguém que seja?

Expressão fala de pessoas que vivem relacionamentos com o outro sexo, mas que na balada ficam com gente do mesmo sexo

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A coluna de hoje fala de um tema polêmico: a bissexualidade. E com um detalhe: quando a pessoa se sente bi somente em situações especiais, como em baladas e festas. Ou seja, é "bi de festinha", como se diz por aí. Mas que história é essa? Tudo bem ser assim?

Vamos por partes pra entender direitinho essa temática. A pessoa é bissexual quando sente desejo erótico por ambos os sexos. Ou seja, quando se interessa amorosa e sexualmente por homens e mulheres.
Lembrando que homossexual é quem sente interesse sexual por pessoas do mesmo sexo, heterossexual é quem se interessa por pessoas do outro sexo, e pansexual é quem se interessa por pessoas de variados sexos e gêneros. E não há nada de errado em ser de um jeito ou de outro.

Precisamos lembrar também que estamos falando das variadas possibilidades de se apaixonar e de sentir desejo e amor por outra pessoa. E o que define isso em nós? Um misto de vivências e experiências, além do jeito de ser de cada um.

Cada pessoa nasce com um jeito único de ser, só dela, e vai crescendo e estabelecendo relações que vão dando novos coloridos e significados à vida como um todo, o que inclui a vida afetiva e sexual. É com esse jeito único de ser e com a nossa bagagem (a história de vida) que chegamos ao momento atual e às novas experiências a serem vividas.

E é com esse jeito único que sentimos o desejo, que brota em nós meio que sem explicação. Ele pode brotar por pessoas do mesmo sexo, do outro sexo, de ambos os sexos, de variados sexos e gêneros etc.

Entendido isso, podemos voltar a olhar para a ideia de "bi de festinha". É a pessoa que vive relacionamentos com alguém do outro sexo, mas que, quando se joga na balada, beija, fica e talvez chegue até a outras práticas sexuais com alguém do mesmo sexo.

Personare- Casal se beija; tarô ajuda na vida sexual
Casal se beija - Alexander Grey/Unsplash

Mas tem algo de errado nisso?

Claro que não, desde que a pessoa esteja realmente a fim. Só não é saudável quando ela se obriga a viver histórias que não quer por motivos como, por exemplo, ceder a uma pressão do grupo de amigos, ou seguir a um modismo, ou algo do tipo.

Mas há quem seja bissexual de carteirinha, ou seja, bissexual não só em alguns eventos, e que se incomode com quem é bi de festinha. O que dizer disso? O que eu sempre digo nas nossas colunas por aqui: cada pessoa pode e deve ser como preferir ser. Cada um pode e deve agir na vida amorosa e sexual como se sentir confortável. E isso precisa ser respeitado!

Respeito a si e às outras pessoas é a palavra de ordem para vivermos bem em sociedade. Estou falando aqui de respeito e tolerância à diversidade de jeitos de ser e de viver a vida com amor e prazer.
Resumindo: se você é bi de festinha e curte isso, não há mal algum nessa história.

E quem não é? Também está tudo certo. Cada pessoa é única! Que bom que somos assim, diversos, e cada um com um jeito único de ser.

Se você tem alguma pergunta ou sugestão, escreva para folhateen@grupofolha.com.br. Até a próxima coluna!

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