Leandro Colon

Diretor da Sucursal de Brasília, foi correspondente em Londres. Vencedor de dois prêmios Esso.

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Leandro Colon
Descrição de chapéu campanha eleitoral

Meirelles, Temer e Maia almejam candidatura sem o essencial para decolar

Reafirmação de Huck de que não será candidato gerou corrida maluca de políticos por seus votos

BRASÍLIA - A recente reafirmação de Luciano Huck de que não disputará a eleição presidencial provocou na semana passada uma corrida maluca dos políticos pelos potenciais eleitores do apresentador.

Michel Temer subiu na prancha da intervenção federal no Rio para surfar na especulação de que, apesar da popularidade e dos índices eleitorais pífios, flerta com a possibilidade de concorrer à reeleição.

O ministro da Fazenda Henrique Meirelles
O ministro da Fazenda Henrique Meirelles - Sergio Lima/AFP

O ministro Henrique Meirelles desandou a dar entrevistas por aí. Sem muita novidade para contar, ele embalou um novo discurso: o de que está “concluída” sua fase como ministro da Fazenda. “Estamos contemplando essa nova etapa de uma possível candidatura à presidência”, declarou à rádio Itatiaia.

Longe de ultrapassar os desoladores 2% das intenções de voto nas pesquisas, Meirelles perdeu a batalha da reforma da Previdência e agora sofre boicote do próprio partido, o PSD, cujo comandante, Gilberto Kassab, já sinalizou um acordo para apoiar o tucano Geraldo Alckmin, em troca de ser vice na chapa de João Doria ao governo paulista.

A mais nova jogada de Meirelles é ensaiar o desejo de ser candidato pelo MDB de Temer. Nas palavras do presidente do partido, Romero Jucá, o ministro é “bem-vindo”. 

Jucá sempre foi um sujeito cordial. Esperteza é palavra de honra no MDB, que não arrisca quando está em jogo a permanência no poder.

Por sua vez, Temer, ao trocar a agenda reformista pela da segurança pública, tenta forjar a discussão em torno de uma possível reeleição. No curto prazo, o que o presidente busca mesmo é se manter relevante politicamente no debate eleitoral.

Em breve, o DEM deve lançar Rodrigo Maia pré-candidato à presidência. Assim como Meirelles e Temer, Maia carece, por ora, do essencial para decolar: razoável viabilidade eleitoral nas ruas. Não será surpresa alguma se os três ficarem de fora da briga pelo Planalto. É hoje, aliás, a hipótese mais provável.

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