Mara Gama

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Europa aprova fim dos plásticos descartáveis até 2021

Nos EUA, estado de Nova York deve proibir sacolas plásticas, já vetadas na Califórnia desde 2016

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Duas boas notícias na luta contra a poluição dos plásticos. O Parlamento Europeu aprovou na última quarta (27) veto de produtos descartáveis como copos, pratos, talheres, cotonetes, canudos, tampas e embalagens para entrega de comida de plástico a partir de 2021. O maior plano contra plásticos de uso único do planeta havia sido anunciado em 28 de maio de 2018. Eles compõem 70% da poluição marinha.

A União Europeia produz anualmente 25 milhões de toneladas de resíduos plásticos, mas menos de 30% são recolhidos para reciclagem. Os plásticos em geral representam 85% da poluição dos mares.

Enquanto isso, nos Estados Unidos, o estado de Nova York deve aprovar na próxima semana o fim das sacolinhas em comércios. Não tem o mesmo peso que a decisão europeia, mas pode gerar bastante repercussão e influenciar outros estados americanos. A proibição começaria em março de 2020. O plano foi proposto há um ano pelo governador Andrew Cuomo. A Califórnia já vetou as sacolas em 2016.

Na Europa, estão na mira os produtos de plásticos oxidegradáveis —que não se decompõem, mas dividem-se em pedaços minúsculos, os microplásticos —e de poliestireno expandido, o isopor.

Com a proibição, a UE estima reduzir as emissões de dióxido de carbono em 3,4 milhões de toneladas, economizar até 22 bilhões de euros até 2030, que seriam gastos para mitigar danos ambientais, e poupar 6,5 bilhões de euros dos consumidores do bloco.

A medida proíbe totalmente os plásticos descartáveis que possuem similares biodegradáveis. Para os produtos que não têm substituição imediata possível, há metas de redução, ampliação de componentes reciclados nas composições.

Além disso, haverá mais transparência no sistema de rotulagem. Lenços umedecidos, fraldas,  filtros de cigarro e copos serão rotulados se forem feitos com plástico e suas embalagens devem alertar os consumidores sobre os danos ambientais causados pelo descarte incorreto.

Deve ser ampliada também a responsabilidade compartilhada dos produtores de plásticos na coleta, reciclagem, gestão e destinação dos resíduos pós consumo.Ainda no combate à poluição marinha, o princípio do poluidor-pagador – quem polui mais paga mais - será expandido aos fabricantes de redes de pesca, para que essas empresas paguem o custo das redes perdidas no mar, que compõem a chamada pesca fantasma.

Entre os objetivos da nova diretriz europeia está o de reciclar 90% das garrafas PET até 2029 e duas metas de incorporação de material reciclado na composição delas: 25% até 2025 e 30% até 2030.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, declarou que a UE está estabelecendo padrões novos e ambiciosos e abrindo caminho para o resto do mundo.

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