Mara Gama

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Estudantes puxam mobilização pelo clima

Greve global quer chamar a atenção para as emergências climáticas

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Está marcado para esta sexta-feira (20), no Masp, um ato pela Greve Global pelo Clima. Em outras cidades do interior do estado como Araraquara, Indaiatuba, Campinas, Franca e Ribeirão Preto também devem acontecer manifestações.

Elas fazem parte das mobilizações planejadas pelo mundo durante toda a semana de 20 a 27 de setembro, a mesma em que ocorre a Cúpula do Clima da ONU (na segunda, 23), e a Assembleia Geral da ONU, que começa na quarta (25).

A Greve Global é uma manifestação de alerta para as emergências climáticas. A inspiração é o #FridaysForFuture, idealizado pela estudante sueca Greta Thunberg, que decidiu deixar de ir à escola todas sextas-feiras, desde 2018, para chamar atenção de parlamentares e da opinião pública para o tema.

O movimento dos estudantes inspirou também iniciativas dos pais, como o #ParentsForFuture, aqui no Brasil #FamiliasPeloClima, para dar apoio aos filhos, sobrinhos, netos, amigos e todos jovens e crianças que começaram a aderir às greves e precisavam de interlocutores com as suas escolas, professores, governantes, cientistas, pensadores e mídia.

Segundo cálculos do grupo dos pais, a mobilização pelo clima já levou às ruas mais de 2 milhões de crianças de mais de 300 cidades.

A partir das 13h, haverá uma aula pública sobre mudanças climáticas com professores da USP, Unicamp e Universidade Federal do ABC. Às 16h tem início a concentração para o ato. 

Um financiamento coletivo é feito para garantir a vinda de participantes de povos indígenas, confecção de faixas, cartazes e panfletos, lanches e água para os estudantes —crianças e jovens— aluguel de aparelho de som e o trabalho de catadores de materiais recicláveis.

Na próxima sexta-feira, 27, está marcada uma audiência pública com a Prefeitura de São Paulo para discutir quais são as medidas já programadas e as políticas públicas para mitigar os efeitos da emergência climática.

Todas essas manifestações são apoiadas pelo Coalizão pelo Clima, uma articulação suprapartidária composta por mais de 30 entidades e ativistas que lutam contra o colapso climático.

Segundo a Coalizão, a mobilização é resposta aos ataques que o governo Bolsonaro lançou contra os povos originários, a Amazônia, o cerrado e a agroecologia.

Em seu manifesto, a Coalizão defende que o governo brasileiro:

  • Neutralize as emissões de carbono até 2030 , crie políticas públicas de promoção do reflorestamento e investimentos em energias renováveis, cumpra o compromisso de Estado assumido no Acordo de Paris de reflorestar 12 milhões de hectares até 2025;
  • Mobilize mais recursos para pesquisa e implementação de iniciativas e soluções voltadas para ações climáticas;
  • Amplie a educação sobre meio ambiente e sustentabilidade nas escolas, universidades e comunidades;
  • Cobre grandes devedores do governo no setor empresarial —agronegócio, pecuária, bancos, igrejas, indústrias— para formar um fundo de combate às mudanças climáticas;
  • Institua um conselho de combate às mudanças climáticas composto de forma paritária pela sociedade civil, comunidade científica, organizações não-governamentais e seus representantes.

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