Centenas de voos foram cancelados até este começo de semana, pela Azul e Latam, bem no período de férias de verão, devido aos casos da Covid-19 e de influenza (e da 'flurona', influenza mais coronavírus!) que desfalcaram suas equipes. As dispensas médicas também vêm ocorrendo em outras atividades, como bancos e restaurantes. O dilema é: vale a pena se arriscar a contrair estas doenças para viajar, ou seria melhor deixar as férias para um período menos crítico?
Há muitos fatores a considerar. Se você já tiver comprado um pacote turístico (passagens aéreas e hospedagem), prepare-se. É bem possível que tenha de enfrentar trocas de horário de voo e atrasos, além de correr o risco de se contaminar. Estima-se que os cancelamentos continuem até o final de fevereiro.
Caso decida postergar a viagem, negocie com a companhia aérea, o hotel ou a agência de turismo, para remarcação ou crédito do que foi gasto.
O Procon-SP notificou Azul, Gol e Latam nesta segunda-feira (10), a fim de obter explicações sobre os cancelamentos de voos, assistência material aos passageiros e sobre quantos solicitaram reembolso ou remarcação da viagem. Além disso, cobrou um plano de contingências para minimizar os danos aos consumidores.
A sugestão para quem ainda não tiver comprado passagens nem feito reserva em hotéis, seria mesmo adiar a viagem. Há outra opção: ficar ao volante horas ou dias em seu carro, o que obviamente reduziria o risco de contágio. Mas que poderia trazer outros inconvenientes, como cansaço e eventuais acidentes de trânsito nas perigosas estradas brasileiras.
A propósito, se a decisão for pegar a estrada com seu veículo, é fundamental fazer antes uma revisão mecânica criteriosa. E em viagens de férias, há que considerar, ainda, a necessidade de hospedagem em hotel ou pousada, bem como as idas a restaurantes, bares, praias e outros locais muito movimentados. Talvez o mercado online de hospedagem seja uma opção menos arriscada.
Planeje tudo em detalhes, e se informe sobre a situação sanitária no seu destino turístico. Infelizmente, as novas ameaças (variante ômicron e influenza) ocorrem justamente quando a pandemia parecia nos dar uma trégua. A impressão é que, cedo demais, nos sentimos seguros para nos aglomerar.
É desagradável, cansativo e frustrante, não há como negar. Mas, acima de tudo devem estar a saúde e a segurança das famílias. Com elas, haverá novas oportunidades para passeios e férias.
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