Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.
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Caso Unimed Paulistana puxa volume de reclamações contra as seguradoras
As queixas sobre o serviço de saúde suplementar aumentaram na maioria dos órgãos que atendem os clientes insatisfeitos, aponta a FenaSaúde, federação do setor.
Na ANS (agência reguladora) a alta foi de 12,7% no ano passado, e o volume no Idec foi 64,8% maior.
A quantidade de demandas desse tipo caiu 0,2% na soma dos Procons do Brasil.
RETROSPECTIVA DAS QUEIXAS - Variações de reclamações sobre saúde suplementar
Esses números são decorrência do fechamento da Unimed Paulistana, cujas atividades foram encerradas em 2015, diz José Cechin, diretor-executivo da FenaSaúde.
"A Unimed Paulistana tinha 750 mil vidas, e essas pessoas levaram um tempo até encontrar planos substitutos, o que gerou uma alta quantidade de reclamações."
A determinação, da parte da ANS, de encerrar a atividade de seguradoras ainda "precisa ser trabalhada" –ele defende que a agência atue preventivamente.
"A situação não está bem equacionada do ponto de vista normativo e operacional."
O executivo relativiza a quantidade de reclamações: "São 100 mil, mas o número de procedimentos é de 1,2 bilhão por ano". O crescimento das queixas no Idec aconteceu em uma base pequena –foram 1.761, diz.
Na divisão por porte da prestadora de serviço, as seguradoras médias são as que têm o melhor desempenho.
O executivo também credita esse resultado ao caso da Unimed Paulistana.
No geral, a saúde suplementar tem um índice de reclamação de 14,3 por 10 mil usuários. É um valor melhor do que os de telefonia, TV por assinatura e energia elétrica, mas pior do que os das instituições financeiras.
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VISITANTES CONSTANTES
O número de pessoas que visitaram as cidades da Grande São Paulo caiu 11% no primeiro trimestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2015, aponta o São Paulo Convention & Visitors Bureau.
A tendência é de aumento de eventos e uma diminuição de visitantes, afirma o diretor-executivo da entidade, Toni Sando.
Eduardo Anizelli/Folhapress | ||
Toni Sando, diretor-executivo do birô de turismo |
Em um nicho desse mercado, o de feiras e convenções, a programação é feita com antecedência, e a agência prevê o desempenho do ano inteiro –a expectativa é de pelo menos 21,2 milhões de participantes.
É 38% a menos do que foi verificado do ano passado.
As quedas são uma sazonalidade natural, diz o executivo, e estão dentro do que é considerado estável. "Esperávamos uma piora mais grave nesse mercado."
VENHA PRA SP VER O QUE É BOM PRA TOSSE - Variação do volume de visitantes, em milhões
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ALBERGUE DE MARCA
O Ibis Budget, bandeira econômica da rede de hotéis Accor, vai passar a oferecer quartos compartilhados neste mês, em uma unidade no centro do Rio de Janeiro.
Serão três dormitórios –um feminino e dois mistos– com oito camas cada. As diárias custarão R$ 49.
"Percebemos uma demanda forte de grupos de jovens e grandes famílias que queriam compartilhar quartos maiores", afirma o diretor de operações, Franck Pruvoust.
Há uma expectativa, diz ele, que parte do público corporativo poderá aderir ao serviço. "Ficará em fase piloto até o fim do ano, para identificarmos o perfil da demanda."
O modelo também será testado na França e na Polônia.
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NÃO ACABA O PAPEL
A indústria paranaense Sepac, de celulose, vai investir R$ 20 milhões para ampliar a produção de papel higiênico e deixá-lo mais macio.
A empresa já havia feito aportes de R$ 300 milhões nos anos de 2014 e 2015.
A decisão de injetar mais dinheiro na linha de papel higiênico se deu porque a produção está próxima do limite e pode ser um gargalo se houver mais demanda.
"Ainda há capacidade ociosa, mas vai acabar e precisamos adquirir uma nova máquina, que vamos instalar em 2017", diz o presidente João Ferreira Dias.
O produto não apresentou quedas de consumo, mesmo com a crise econômica.
"Papel higiênico tem consumo contínuo. É o que nos mantém ocupados."
Outras linhas, como a de guardanapos e de lenços de bolso, caíram, "mesmo tendo muita gente chorando por aí", afirma Dias.
A empresa usa empréstimos do BNDES a taxa de juro a longo prazo para conseguir capital para investir.
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Reforma...
O Grupo Privé, empresa de hotelaria e entretenimento do Centro-Oeste, vai investir R$ 12 milhões para reformar dois de seus parques aquáticos em Goiás.
...aquática
As obras, previstas para começar ainda em junho, deverão ser finalizadas até o fim deste ano, a tempo da alta temporada de verão.
Táxi olímpico
Com a expectativa de ampliar os clientes na Olimpíada, a partir deste mês a Easy Taxi passa a aceitar cartões de crédito de 18 países onde o aplicativo opera.
Queijo...
A Capril do Bosque, de queijo de cabra, vai dobrar a produção, passando a 200 litros de leite processado para queijo. Até o começo deste ano, eram cerca de 100 litros.
...em casa
"O consumo em domicílio subiu. Quem conheceu a marca em restaurante, mantém o produto ainda que corte a refeição fora", diz a fundadora, Heloísa Collins.
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HORA DO CAFÉ
Editoria de Arte/Folhapress | ||
com FELIPE GUTIERREZ, DOUGLAS GAVRAS e TAÍS HIRATA
Livraria da Folha
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