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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Prazo para inspeção da Anvisa deve cair 80%

Há 672 pedidos na fila, segundo o dado mais recente da agência

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O tempo de espera para importar produtos de saúde deverá cair de 30 meses para, no máximo, 180 dias
O tempo de espera para importar produtos de saúde deverá cair de 30 meses para, no máximo, 180 dias - Zanone Fraissat/Folhapress

O tempo de espera para importar produtos de saúde e equipamentos médicos deverá cair dos atuais 30 meses para um período de 90 a 180 dias, segundo a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).

Há 672 pedidos na fila, segundo o dado mais recente, de outubro de 2017.

Antes que itens como próteses e similares possam desembarcar no Brasil, é preciso que o órgão envie um técnico para inspecionar as fábricas fora do país.

Uma resolução publicada no fim de 2017 permite que a Anvisa aceite auditorias de outras autoridades. A mudança será implementada até junho, afirma Jarbas Barbosa, presidente da agência.

"A Anvisa fez 280 inspeções em 2017, e quase metade disso foi nos Estados Unidos. A regra deles é praticamente igual à nossa, então essa equivalência será, na prática, reduzir a fila pela metade."

A resolução amplia o que já começou a ser feito em um convênio com Austrália, Canadá, Estados Unidos e Japão, mas ainda será necessário ver quais serão os requisitos, diz Felipe Kietzmann, presidente do conselho da Abimed (do setor).

A agência se reunirá com as entidades no fim de fevereiro para discutir a possibilidade de inspeções feitas por terceiros também no Brasil, afirma Paulo Henrique Fraccaro, da Abimo (que representa a indústria nacional).

 

Contrato atípico

A gestora Horus GGR vai incorporar pelo menos mais três galpões logísticos ao seu fundo de investimento imobiliário, que hoje têm oito ativos, diz Telêmaco Genovesi Jr., fundador da empresa.

São contratos atípicos de locação, com no mínimo cinco anos de duração e empreendimentos desenvolvidos sob medida para locatários.

"A multa [para rescisão ou devolução do imóvel] nessa modalidade é o pagamento do restante do contrato, então a vacância acaba não fazendo sentido."

A Horus GGR acaba de captar R$ 270 milhões em sua segunda rodada para o fundo, quase R$ 160 milhões a menos que a demanda.

A gestora planeja lançar um fundo nesse formato para outros segmentos, mas as negociações são incipientes.

Outras companhias já possuem veículos similares, como o Votorantim Asset, que tem um fundo com 64 agências e imóveis do Banco do Brasil, com patrimônio líquido é de R$ 1,5 bilhão.

Há um interesse crescente tanto de investidores como de proprietários que querem vender ativos, diz Fábio Carvalho, diretor financeiro da Alianza, que captou R$ 100 milhões para um FII de contrato atípico em dezembro.

Uma segunda oferta virá se o mercado estiver bem e se houver boas oportunidades de ativos.

 

Quem oferece mais

As casas de leilão aproveitam o momento em que a crise ainda gera bens para serem ofertados e, ao mesmo tempo, há demanda de pessoas físicas e investidores com apetite para fazer lances.

Novos clientes, como pessoas físicas, passaram a vender imóveis nesse canal, diz André Zukerman, leiloeiro da casa com seu sobrenome.

"O aumento da inadimplência e a retomada por instituições financeiras também aumentaram o estoque."

Os donos originais das propriedades que surgem em leilões deixaram de pagar prestações durante a crise, e até o bem ser colocado à venda leva-se um tempo, geralmente para tentativas de negociações com o banco.

A Sold, tradicionalmente especializada em itens miúdos, nota aumento de oferta de itens de empresas que já começaram a se renovar, como as redes de hotéis, diz o leiloeiro Henri Zylberstajn.

"Outros setores, como de franquias, pequeno varejo e restaurantes, ainda não superaram a crise e vendem seus bens em leilão em decorrência de fechamentos."

 

Parceiro nos EUA Marcos Siqueira, um dos sócios da Radar PPP, fará parte da equipe de parcerias público-privados do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), em Washington (Estados Unidos). Ele ficará três anos afastado da consultoria no Brasil.

Conflito... A maioria (62%) dos millennials, categoria de marketing para se referir a público jovem, usa aplicativos de lojas até cinco vezes por semana, segundo uma pesquisa da Aruba, empresa que pertence à Hewlett Packard.

...de gerações Parte deles (13,5%) entra até dez momentos nesse tipo de programa. Uma minoria (48%) de baby-boomers, nascidos após a Segunda Guerra, usa apps de varejo cinco vezes por semana, e ninguém por dez instâncias.

Frutos do mar A rede de restaurantes Vivenda do Camarão vai modernizar sua linha de produção e suas fazendas que produzem crustáceos. Os investimentos previstos pela empresa para este ano são de R$ 3,5 milhões.

Inevitável As catástrofes naturais geraram perdas econômicas de US$ 353 bilhões (cerca de R$ 1,12 trilhão) no mundo em 2017, de acordo com a consultoria e corretora de seguros Aon, que levantou dados de 330 ocorrências.

De volta Uma comitiva de empresários e representantes do governo organizada pela CNI (confederação da indústria) retorna do Vale do Silício nesta quinta (8). O grupo visitou sedes de empresas como IBM, Qualcomm e Facebook.

Programa de... A Petrobras publicou 11 anúncios de leilões em janeiro pela casa Superbid. Ela oferta bens como motores, bombas etc.

...desinvestimentos É o mesmo número de avisos que a estatal fez em 2017 inteiro. No ano passado, houve concentração em dezembro.

Endereço A petroleira colocou somente imóveis a leilão em 2016. Foram dez anúncios naquele ano. Esse tipo de ativo não voltou a ser ofertado.

 

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