Uma nova alta nos preços de bilhetes aéreos poderá ocorrer em outubro caso o câmbio se mantenha no patamar atual, segundo Frederico Pedreira, presidente da Avianca Brasil.
“Os valores foram fortemente impactados em junho e julho. Depois, se mantiveram estáveis em um nível alto, mas associados a uma média de dólar próxima a R$ 3,80”, diz ele.
“É possível que tenhamos mais uma ‘pancada’ de 5% a 10% [nos preços do combustível], se a moeda americana continuar como está até o fim deste mês. No total, é uma alta de mais de 30%.”
O aumento nos custos do querosene de aviação, a desvalorização do real e os impactos da paralisação dos caminhoneiros levaram a companhia aérea a rever projeções para este ano.
“Tiramos dois aviões que operavam no Rio de Janeiro. Quando o crescimento mais acelerado voltar, retomaremos muitos planos, desde voltar ao Rio como ir a destinos aos quais não voamos, como Manaus, São Luís, Palmas, Santarém e Porto Velho.”
Havia uma expectativa de aumento de 16% na demanda por bilhetes domésticos, segundo o executivo. A previsão, atualmente, é de 10%.
“Ainda é um crescimento grande, mas o que aconteceu no Brasil do fim de maio até aqui mudou completamente o modo como olhávamos para o país”, afirma.
O que deverá se concretizar ainda em 2018 é a chegada ao país da Avian, empresa argentina de voos econômicos que pertence a um dos sócios da Avianca Holdings.
“A ideia é que eles se conectem à nossa malha doméstica e internacional, mas a situação da Argentina também está difícil. Vão seguir em crescimento, mas não tão rápido como se pensava originalmente.”
Raio-X
Avianca Brasil
R$ 4,6 bilhões
é o faturamento aproximado previsto para 2018
13 milhões
é o número de passageiros
58
são as aeronaves na frota
Verba estadual para Santas Casas cresce 14% em São Paulo
Os valores repassados pelo governo paulista às Santas Casas e hospitais filantrópicos foi 13,8% maior no acumulado de 2018 até agosto, em comparação com o mesmo período do ano passado.
O Estado tem hoje 166 convênios com entidades para suplementar verba federal.
Apesar disso, hospitais afirmam que atrasos têm ocorrido no programa Sustentáveis, que paga adicionais que variam de 10% a 70% dos repasses da União às instituições.
“Tenho R$ 2,3 milhões mensais da rede pública federal. São Paulo paga mais 70%. O referente a julho deveria ser depositado em agosto, mas só recebemos neste mês”, diz Rogério Bartkevicius, da Santa Casa de Araraquara.
Das 57 entidades monitoradas pela Fehosp (das Santas Casas paulistas), cinco sofreram atrasos que foram normalizados na última quinta (13), segundo a federação.
“Essa verba estadual é importante. Esperamos que não atrase mais”, diz o presidente da federação, Edson Rogatti.
A Secretaria da Saúde afirma que “honra seus compromissos com as conveniadas” e que os pagamentos estão em dia.
Bolsonaro
O governo de Minas, onde está localizada a Santa Casa de Juiz de Fora, em que Jair Bolsonaro (PSL) foi internado, não faz complementos à tabela SUS, mas disse que repassou R$ 118 milhões a 300 hospitais do tipo até agosto.
Aço mineiro para vaca muerta
A Usiminas começou a exportar aço para projetos de energia na Argentina, segundo o vice-presidente comercial, Miguel Homes.
A empresa vai embarcar, até setembro, 30 mil toneladas para dutos usados no campo petrolífero de Vaca Muerta, além de 4 mil toneladas para atender a uma fabricante de equipamentos para geração eólica.
“São produtos específicos, com maior valor agregado”, afirma Homes. “A Argentina é um importador tradicional no setor automotivo e, agora, o será também no mercado de energia.”
É possível que apareçam novas oportunidades de exportação para o país vizinho, ainda que a situação fiscal e econômica atual sejam delicadas, diz o executivo.
“Temos sempre que estar atentos a cada projeto, mas esses dois primeiros são estratégicos para o país e fazem parte de uma visão a longo prazo. O risco é baixo, cedo ou tarde precisarão ser elaborados de alguma forma.”
R$ 6,45 bilhões
foi a receita líquida da Usiminas no 1º sem.18
R$ 1,14 bilhão
foi a receita com exportações no mesmo período
34%
das vendas externas são para a Argentina
Máquina zero
Adquirir novos equipamentos é o principal motivo para busca de empréstimos por microempreendedores, segundo a Serasa Experian.
“Esse resultado é reflexo de um sucesso nos negócios, principalmente nos setores de alimentação e estética” afirma Bárbara Passuelo, gerente do braço da entidade voltado aos pequenos empresários.
Quitar dívidas foi a segunda razão mais citada, o que pode ser explicado pela alta inadimplência dos últimos meses, diz Bárbara.
O valor médio procurado foi de R$ 11,6 mil, com prazo de 12 meses para pagamento.
Receosos A confiança dos empresários do comércio paulista caiu 2,2% em agosto segundo o Ifecap, índice de expectativa nos negócios calculado pela Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado.
Às compras A Finnet, de softwares de gestão, investiu R$ 10 milhões na aquisição e aceleração de startups para ampliar sua atuação em áreas como saúde e gestão financeira.
Segurança Cerca de 56% dos brasileiros afirmam que comprariam mais pelo smartphone se os aplicativos utilizassem biometria, segundo a multinacional de soluções de pagamento Worldpay.
com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi, Ivan Martínez-Vargas e Diana Lott
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