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Maria Cristina Frias, jornalista, edita a coluna Mercado Aberto, sobre macroeconomia, negócios e vida empresarial.

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Após 6 meses de regra que ajuda fintechs a emprestar, 6 pedidos estão em análise

Parte dos interessados desistiu depois de análise de critérios, diz advogado

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O Banco Central tem em análise seis processos de empresas que pretendem se tornar sociedades de crédito direto ou plataformas para conectar pessoas físicas interessadas em empréstimos.

Essas modalidades de instituições financeiras foram criadas há seis meses.

A primeira permite que uma companhia use fundos próprios para oferecer linhas de crédito, e a segunda, que financiadores e tomadores finais cheguem a acordos.

É natural que no começo da vigência sejam poucos os pedidos em estudo, segundo Alvaro Taiar, sócio da PwC.

“Nós imaginamos que após as eleições haverá aportes em fintechs (empresas de finanças e tecnologia) que pretendem se transformar em sociedades de crédito direto.”

Parte dos potenciais interessados, no entanto, desistiu depois de uma análise mais minuciosa, diz Bruno Balduccini, do Pinheiro Neto.

“Há riscos e custos, como os da estruturação de um setor de compliance, e a possibilidade da sujeição dos diretores a processos administrativos do Banco Central.”

Não é só o setor de fintechs que demonstrou interesse nos novos modelos —há varejistas que pretendem abrir linhas de crédito para seus clientes que estão no processo de protocolar seus pedidos, segundo Balduccini.

A demanda pelas modalidades deve subir para 30 empresas, estima José Luiz Rodrigues, consultor especializado.

“As novas instituições financeiras são mais simples que os bancos, mas ainda é preciso ter algum volume de capital que justifique a criação.”

 

Importação de bens com alíquota reduzida está 56% menor em 2018

O volume de pedidos para reduzir o imposto de importação de bens de capital e informática sem equivalentes nacionais mostra uma queda nos grandes investimentos, segundo entidades do setor.

Com pouco mais de dois meses para o fim do ano, a quantidade de pleitos aprovados dos chamados ex-tarifários estão cerca de 10% menores que em 2017, de acordo com o Mdic (ministério da indústria e comércio exterior).

O valor dos bens importados e os aportes em projetos aos quais eles se destinam, porém, estão 56% e 47% inferiores ao nível do ano passado, respectivamente.

“Temos visto uma atualização das linhas de produção, e não mais grandes projetos novos”, afirma Diego Bonomo, gerente-executivo de assuntos internacionais da CNI (confederação da indústria).

Além dos investimentos mais pontuais, algumas importadoras têm esbarrado em obstáculos burocráticos para ter os pleitos aprovados, afirma Paulo Castelo Branco, presidente da Abimei (associação do setor).

 

Aos candidatos
Edson Rogatti, Presidente da CMB (Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos)

O reajuste dos valores que o SUS paga pelos procedimentos médicos realizados é uma das principais demandas dos hospitais filantrópicos.

“O que recebemos está defasado, há casos em que a remuneração não paga os custos. Queremos uma negociação de preços ao menos para o que é mais demandado”, diz Edson Rogatti, da CMB (confederação das Santas Casas).

A eliminação de restrições de gastos com saúde pública da PEC do Teto é também uma das demandas da entidade, que Rogatti diz ter feito pessoalmente a Jair Bolsonaro (PSL) em reunião com o candidato.

“Ele sabe como foi importante o atendimento que recebeu da Santa Casa de Juiz de Fora (MG) e se mostrou receptivo aos pedidos do setor. No PT, nossa interlocução é o ex-ministro [Alexandre] Padilha”, afirma.


Principais demandas das Santas Casas aos presidenciáveis

  • Reajuste de valores pagos pelo SUS a procedimentos mais realizados
  • Revogação da PEC do Teto para gastos em saúde

2.493 
são os hospitais filantrópicos

990 mil
são os empregos gerados

59%
é a parcela dos procedimentos de alta complexidade do SUS feitos por entidades filantrópicas

Fonte: CMB

 

Cardápio menor

A TrendFoods, dona das redes de restaurantes orientais China in Box e Gendai, vai investir cerca de R$ 20 milhões nos próximos meses.

A maior parte desse montante será destinada à compra de fornos industriais. “Iniciamos o processo de troca dos equipamentos neste ano e terminaremos em 2019”, diz o presidente, Robinson Shiba.

A empresa, que projeta crescimento de 4% em 2018, passará a priorizar a abertura de franquias menores.

“Teremos dois modelos principais: o contêiner de rua e o quiosque em shoppings, para atingir também cidades médias, com mais de 60 mil habitantes. Os cardápios terão os seis itens mais populares das lojas tradicionais.” 

A marca vai abrir três pontos-piloto próprios até março, todos no estado de São Paulo.

As franquias nesses formatos começam a ser inauguradas em março, e a projeção de Shiba é que sejam 30 até o fim do ano. Hoje, o grupo tem 230 unidades.

R$ 415 milhões
foi a receita da companhia em 2017

 

Saúde A Camex (câmara de comércio exterior) renovou a desoneração das importações de vacinas contra a hepatite A. A medida foi tomada para que o governo adquira 4,5 milhões de doses. 

Estudos... A Rede D’Or São Luiz vai inaugurar nesta quarta (24) em São Paulo a primeira unidade do Idor, seu instituto de ensino e pesquisa, que recebeu aporte de R$ 6,7 milhões. 

...médicos A empresa investirá R$ 18 milhões na instituição até dezembro deste ano, inclusive na sua sede no Rio de Janeiro.

Compra... O sistema de cooperativas de crédito Sicoob obteve autorização do Banco Central para operar no mercado de câmbio, o que fará a partir de janeiro do ano que vem.

...e venda A empresa vai oferecer serviços como cartão viagem, transferência de dinheiro ao exterior, carta de crédito e financiamento de exportações e importações.

 

Hora do café

com Felipe Gutierrez, Igor Utsumi e Ivan Martínez-Vargas

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