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AGU contesta travestis no STF e diz que elas devem ir para presídios masculinos

Associação pedia que fosse possível a escolha por estabelecimentos ocupados por homens ou mulheres

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Mulheres transexuais e travestis atendidas no Centro de Acolhida da Prefeitura de SP
Mulheres transexuais e travestis atendidas no Centro de Acolhida da Prefeitura de SP - Marlene Bergamo/Folhapress

A AGU (Advocacia-Geral da União) apresentou uma manifestação ao STF (Supremo Tribunal Federal) para defender que travestis condenados sejam enviados a presídios masculinos.

O órgão contesta, assim, os argumentos da Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais apresentada à corte pedindo que "as custodiadas travestis" possam "optar por cumprir a pena em estabelecimento prisional do gênero feminino ou masculino".

A entidade diz que a permanência em presídios masculinos coloca em xeque os direitos constitucionais de transexuais e travestis. 

"As travestis e transexuais custodiadas pelo Estado em estabelecimento prisional incompatível com o gênero feminino, são submetidas às mais diversas violações de direitos, como por exemplo o desrespeito à integridade física e moral, o desrespeito à honra, desrespeito à vida, desrespeito à integridade do corpo e, sobretudo, o impedimento de expressar sua sexualidade e o seu gênero", afirma a associação.

Já a AGU defende a constitucionalidade da norma, que separa os presos por natureza do delito, idade e sexo. Ela prevê também que travestis podem optar por ficar em uma ala separada de convivência, caso queiram.

De acordo com o órgão, a resolução reconhece a identidade de gênero, resguardando os interesses de grupos vulneráveis na prisão. "Além de recolhimento em local compatível com o seu gênero" ela assegura "o direito do travesti ou transexual de ser chamado pelo seu nome social, de optar pela utilização de roupas femininas ou masculinas, de manter cabelos compridos e até mesmo de prosseguir com eventual tratamento hormonal".

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