Nove rolos de pergaminhos com manuscritos da Torá em hebraico que pertenciam ao acervo do Museu Nacional foram salvos do incêndio que destruiu a sede da instituição no domingo (2).
De acordo com o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), os documentos datados de até mil anos atrás –e adquiridos por dom Pedro 2º– haviam sido transferidos para a seção de obras raras da Biblioteca do Horto.
Também conhecido como Pergaminhos Ivriim, o material é tombado pelo Iphan desde 1998.
Mais antigo do país, o Museu Nacional é subordinado à UFRJ e está instalada em um palacete imperial. Fundada por dom João 6º em 1818, a instituição completou 200 anos em junho.
Seu acervo, com mais de 20 milhões de itens, tem perfil acadêmico e científico, com coleções focadas em paleontologia, antropologia e etnologia biológica. Menos de 1%, porém, estava exposto.
O museu guardava o meteorito do Bendegó, o maior já encontrado no país, e uma coleção de múmias egípcias. Também o crânio de Luzia, a mulher mais antiga das Américas. Além de coleções de vasos gregos e etruscos (povo que viveu na Etrúria, na península Itálica).
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