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Juristas e advogados do grupo Prerrogativas criticam declaração de Bolsonaro sobre gravações

'Tal revelação deve mobilizar imediata reação das autoridades competentes', diz a nota

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O grupo de juristas e advogados Prerrogativas fez uma nota criticando a declaração do presidente Jair Bolsonaro (PSL-RJ) de que ele pegou as gravações da portaria do seu condomínio Vivendas da Barra, no Rio de Janeiro.

O presidente Jair Bolsonaro
O presidente Jair Bolsonaro - Pedro Ladeira/Folhapress

"A declaração do presidente Jair Bolsonaro de que se apoderou de provas da investigação dos homicídios que vitimaram Marielle Franco e Anderson Gomes assume máxima gravidade. Trata-se de reconhecimento de crime, de interferência ilícita em apuração criminal, voltada assumidamente a resguardar interesses pessoais e familiares, o que exorbita nitidamente das competências do cargo exercido", diz a nota.

"Tal revelação deve mobilizar imediata reação das autoridades competentes, para assegurar a imparcialidade das investigações, garantidas todas as condições institucionais para tal, a fim de esclarecer o ocorrido e, se caso for, tomar as providências cabíveis", segue o texto do Prerrogativas.

"Eu estava aqui [em Brasília], não estava lá [Rio], e outra, nós pegamos antes que fosse adulterado, pegamos lá toda a memória da secretária eletrônica, que é guardada há mais de anos, a voz não é minha. Não é o seu Jair. Agora, que eu desconfio, que o porteiro leu sem assinar [sic] ou induziram ele a assinar aquilo? Induziram entre aspas, né? Induziram a assinar aquilo", disse Bolsonaro neste sábado (2) sobre acesso às gravações da portaria.

Leia a íntegra da nota:

A declaração do presidente Jair Bolsonaro de que se apoderou de provas da investigação dos homicídios que vitimaram Marielle Franco e Anderson Gomes assume máxima gravidade. Trata-se de reconhecimento de crime, de interferência ilícita em apuração criminal, voltada assumidamente a resguardar interesses pessoais e familiares, o que exorbita nitidamente das competências do cargo exercido.

Tal revelação deve mobilizar imediata reação das autoridades competentes, para assegurar a imparcialidade das investigações, garantidas todas as condições institucionais para tal, a fim de esclarecer o ocorrido e, se caso for, tomar as providências cabíveis.

Nesse sentido, o Estado Democrático de Direito possui diversos meios institucionais para investigar eventuais ilicitudes, por meio da Procuradoria Geral da República, além da necessária investigação da atuação do Ministério Público do estado do Rio de Janeiro, do Conselho Nacional do Ministério Público e e dos órgãos correcionais respectivos.

O episódio evoca precedentes históricos em que a sociedade civil se fez ouvir, com a Ordem dos Advogados do Brasil  à frente, ao lado de instituições comprometidas com a
Democracia e com o Estado de Direito.

Grupo Prerrogativas

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