Mônica Bergamo

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Descrição de chapéu Coronavírus

Presidente do Conselho de Medicina de SP renuncia em meio à crise do coronavírus

Mario Jorge Tsuchiya afirma que decisão é de ordem moral; funcionários alegam pressão por combate à pandemia

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O presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), Mario Jorge Tsuchiya, renunciou nesta sexta-feira (20). Em nota enviada à coluna, ele afirma que sua decisão "é de ordem moral por não compactuar com o posicionamento de alguns diretores" a respeito de irregularidades.

Tsuchiya ainda afirma que formalizou a abertura de sindicância, a qual foi anunciada na quinta-feira (19) em reunião do Conselho do órgão.

Funcionários do Cremesp, por outro lado, afirmam que Tsuchiya vinha sendo pressionado, tanto pelos próprios funcionários quanto por médicos associados, por menosprezar recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) para o combate ao novo coronavírus. Ele nega.

O médico Mario Jorge Tsuchiya, ex-presidente do Cremesp

A recusa em suspender o expediente nas dependências regionais do Cremesp e a falta de orientação para a comunidade médica sobre cirurgias eletivas e sobre a continuidade ou não de atendimentos em clínicas eram algumas das reclamações.

Na quinta-feira (19), o Cremesp baixou portaria que decreta a suspensão do expediente até o dia 11 de abril. No Facebook, o órgão ocultou comentários que reclamavam da demora na tomada de decisão em publicação que anunciava a norma.

Inicialmente, ao ser contato pela coluna, o agora ex-presidente do Cremesp havia afirmado que a renúncia se deu "por motivos pessoais".

Procurado, o órgão afirma que o médico afastou-se do cargo por motivos pessoais. "Ele continuará atuando como conselheiro. A partir de 20 de março [sexta-feira], a médica Irene Abramovich responde pela presidência do Cremesp."

Leia, abaixo, a íntegra da nota enviada por Mario Jorge Tsuchiya:

"NOTA DE ESCLARECIMENTO

Dr. Mario Jorge Tsuchiya vem a público esclarecer que sua renúncia à presidência do Cremesp é de ordem moral por não compactuar com o posicionamento de alguns diretores face a indícios de irregularidades levados ao seu conhecimento. Ele formalizou a abertura de sindicância, decisão anunciada ontem na reunião da plenária do Conselho do órgão e não tem a ver com ações de orientação à pandemia do coronavírus. Os conselheiros presentes podem confirmar essa que foi a verdadeira pauta da sessão."

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