O Fórum de Entidades em Defesa do Patrimônio Brasileiro, formado por 17 instituições, e representantes da sociedade civil no Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional) vão divulgar uma carta criticando a nomeação de Larissa Rodrigues Peixoto Dutra para presidir o órgão.
O documento também é assinado por alguns ex-presidentes do Iphan, como Kátia Bogéa, Jurema Machado, Carlos Henrique Heck e Glauco Campello.
No texto, eles afirmam que trata-se de uma nomeação de pessoa "sem a necessária formação e experiência profissional, em flagrante ação de deslegitimação do saber científico e técnico que sempre caracterizou a instituição".
As entidades também afirmam que a estrutura do Iphan, após o início do governo Jair Bolsonaro, tem sofrido "diversos ataques que fragilizam sua atuação histórica frente às realidades plurais do patrimônio na sociedade".
Elas também cobram que sejam tomadas as medidas cabíveis, "bem como que tais atos lesivos e prejudiciais ao interesse público e ao patrimônio histórico, cultural e artístico nacional e mundial sejam revertidos".
O Ministério do Turismo diz que a escolha do nome de Larissa para presidir o Iphan "foi baseada em seu perfil técnico e sua qualidade como gestora pública". "Servidora desde 2008, teve papel de destaque na implementação de programas importantes do Ministério do Turismo, especialmente no processo de estruturação do Programa Revive e projetos de fiscalização adotados pela pasta", segue a nota.
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