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Bolsonaro se reúne com Ludhmila, mas não bate martelo sobre Ministério da Saúde

Demissionário, Eduardo Pazuello participou da conversa e endossa o nome da cardiologista para a pasta

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O presidente Jair Bolsonaro se reuniu neste domingo (14) com a cardiologista Ludhmila Hajjar, do Incor e da rede de hospitais Vila Nova Star.

Eles conversaram sobre a possibilidade de ela assumir o lugar de Eduardo Pazuello no Ministério da Saúde. A conversa, no entanto, foi inconclusiva.

O general Pazuello, que pediu demissão neste domingo, também participou do diálogo. Ele é paciente de Ludhmila e apoia a indicação dela para a pasta.

Imagem em primeiro plano mostra a cardiologista Ludhmila Abrahão Hajja sentada com as mãos apoiadas nas pernas. Ela usa roupa toda branca e está séria.
A cardiologista Ludhmila Abrahão Hajjar, cotada para assumir o Ministério da Saúde - Marcus Leoni/Folhapress

A conversa durou mais de três horas e todos os assuntos da Covid-19 foram tratados. A médica tem posição firme a favor da vacinação em massa do país. Defende políticas de isolamento social e participou de diversos estudos sobre medicamentos contra a doença.

​Ludhmila é cardiologista e se especializou no tratamento da Covid-19.

Na unidade da rede Vila Nova Star em Brasília, ela estreitou relacionamento com dezenas de autoridades _que, em sua maioria, apoiam a indicação do nome dela para comandar a Saúde.

A cardiologista tratou, por exemplo, do próprio Pazuello quando ele foi infectado pelo novo coronavírus.

Atendeu também o atual presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, o procurador-geral da República, Augusto Aras, o ministro Fábio Faria, das Comunicações, o ministro Tarcísio de Freitas, da Infraestrutura, ministros do STJ (Superior Tribunal de Justiça), o ministro Dias Toffoli quando presidia o Supremo, e também os ex-presidentes da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.

Caso ela seja a escolhida, reforçará o discurso da necessidade de vacinação em massa no Brasil. E deixará em segundo plano qualquer tipo de propaganda de tratamento precoce da doença _até hoje, nenhuma medicação testada contra a Covid-19 e acessível ao grande público teve resultados efetivos confirmados por estudos definitivos.

Depois que a coluna revelou que Bolsonaro estava reunido com a médica, ela passou a ser atacada por bolsonaristas radicais em redes sociais. O movimento irritou ministros e autoridades que apoiam Bolsonaro. Eles acreditam que a médica pode imprimir um novo tom e reverter o desgaste do presidente, mal avaliado na condução da epidemia.

Ludhmila é graduada em medicina pela Universidade de Brasília (Unb), doutora em Ciências-Anestesiologia, professora associada de cardiologia da Faculdade de Medicina da USP e já coordenou a UTI cardiológica de diversos hospitais de ponta do país.

Outros nomes estão no páreo para o cargo, como o do cardiologista Marcelo Queiroga, que também foi chamado para conversar. Ele é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).

O deputado federal Luiz Antonio Teixeira Jr. (PP-RJ), que é conhecido como "Dr. Luizinho", também é lembrado e tem chance de ser escolhido por Bolsonaro.

Ele é aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira. Preside a Comissão Especial da Covid-19 no parlamento e assumiu nesta semana a Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara.

Ele é médico e foi secretário da Saúde do Rio de Janeiro.

Marcelo Queiroga é formado pela Universidade Federal da Paraíba e fez residência médica no Hospital Adventista Silvestre, do Rio de Janeiro, além de treinamento em Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista na Beneficência Portuguesa, em SP.

Sempre teve atuação intensa em entidades representativas dos médicos, como a Associação Médica Brasileira (AMB) e na Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista (SBHCI), que também presidiu.

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