Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo
Descrição de chapéu Folhajus

STF compartilha conversas de delegada investigada por forjar depoimentos na Lava Jato

Lewandowski permitiu que CGU acesse dados obtidos pela Operação Spoofing

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O ministro do STF (Superior Tribunal Federal) Ricardo Lewandowski autorizou o acesso da Controladoria-Geral da União (CGU) a dados obtidos pela Operação Spoofing, da Polícia Federal.

A CGU solicitou ao STF acesso às informações para apurar supostas práticas ilícitas de dois servidores no exercício de suas atribuições. Uma delas é a delegada da Polícia Federal Érika Malik Marena, que teria forjado depoimentos que não ocorreram.

Em diálogos hackeados e obtidos pela Operação Spoofing, procuradores da força-tarefa da Operação Lava Jato de Curitiba afirmaram que uma delegada da Polícia Federal lavrou o termo de depoimento de uma testemunha sem que ela tivesse sido ouvida.

A delegada Erika Marena
A delegada Erika Marena - 2.mar.2018 - Pedro Ladeira/Folhapress

"Como expõe a Erika: ela entendeu que era pedido nosso e lavrou termo de depoimento como se tivesse ouvido o cara, com escrivão e tudo, quando não ouviu nada... DPFs [delegado da polícia federal] são facilmente expostos a problemas administrativos", afirmou Deltan Dallagnol em uma conversa por mensagens com o procurador Orlando Martello Júnior.

O diálogo, do dia 26 de janeiro de 2016, foi enviado pela defesa do ex-presidente Lula ao STF (Supremo Tribunal Federal) em fevereiro. Autorizado pela Corte, a defesa do petista está analisando as mensagens interceptadas ilegalmente por um hacker que invadiu os telefones celulares de autoridades. O material foi recolhido pela Operação Spoofing, que investiga a invasão dos aparelhos, e disponibilizado para a defesa do ex-presidente.

A Lava Jato era integrada por uma delegada, Erika Marena, que trabalhou nela desde seus primórdios e de forma estreita com a equipe de procuradores.

Coordenadora das investigações, a policial chegou a ser apontada inclusive como responsável por batizar a operação. Não é possível, no entanto, saber se os diálogos se referem a ela.

Em 2018, Marena foi convidada por Sergio Moro para integrar a equipe dele no Ministério da Justiça. Depois da saída dele, acabou exonerada.

Marena também foi a delegada responsável pela operação que prendeu o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Luiz Carlos Cancellier, que se suicidou depois após ser acusado publicamente de corrupção na universidade.

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.