Mônica Bergamo

Mônica Bergamo é jornalista e colunista.

Salvar artigos

Recurso exclusivo para assinantes

assine ou faça login

Mônica Bergamo

Financial Times diz que carta pela democracia é a primeira resposta coesa a ataques de Bolsonaro

Iniciativa ultrapassou a marca de 100 mil assinaturas nesta quarta (27)

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

O jornal britânico Financial Times repercutiu nesta quarta-feira (27) a criação da "Carta às brasileiras e aos brasileiros em defesa do Estado democrático de Direito", que será lançada em evento na Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, no dia 11 de agosto.

Subscrito por ex-ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), juristas, banqueiros e artistas, o documento ultrapassou a marca de 100 mil assinaturas em menos de 24 horas após ser aberto ao público, como mostrou a coluna.

Prédio da Faculdade de Direito da USP, na capital paulista - Eduardo Knapp - 20.jan.2022/Folhapress

"Executivos, figuras públicas e artistas de destaque no Brasil lançaram uma campanha em defesa da democracia após ataques crescentes do presidente de extrema direita Jair Bolsonaro ao sistema de votação eletrônica do país", diz o texto do Financial Times em sua abertura.

A publicação britânica, uma das mais prestigiadas internacionalmente, ainda afirma que a iniciativa é "a primeira resposta coesa da sociedade civil brasileira" ao discurso do presidente Jair Bolsonaro (PL) contra a lisura das urnas eletrônicas.

São destacados no texto os nomes do banqueiro Pedro Moreira Salles, copresidente do conselho de administração do Itaú Unibanco, e da presidente do Standard Bank, Natalia Dias.

Criada na esteira das ameaças golpistas do chefe do Executivo, a carta nasceu a partir de um grupo de ex-alunos da Faculdade de Direito da USP que pretendia homenagear os 45 anos da "Carta aos Brasileiros", lida na mesma instituição, no Largo de São Francisco, em 1977.

"O professor Goffredo da Silva Telles Junior, mestre de todos nós, no território livre do Largo de São Francisco, leu a Carta aos Brasileiros, na qual denunciava a ilegitimidade do então governo militar e o estado de exceção em que vivíamos", diz o texto.

O documento relembra a superação da ditadura militar (1964-1985), a promulgação da Constituição de 1988 e diz que, de lá para cá, a democracia amadureceu. Mas afirma que, com as eleições deste ano, o Brasil passa por um momento de imenso perigo para a normalidade democrática e de risco às instituições.

Dos que já se aposentaram da mais alta corte do país, o Supremo Tribunal Federal, assinam Carlos Ayres Britto, Carlos Velloso, Celso de Mello, Cezar Peluso, Ellen Gracie, Eros Grau, Joaquim Barbosa, Marco Aurélio Mello, Nelson Jobim, Sepúlveda Pertence e Sydney Sanches.

O ex-ministro do STF Celso de Mello faria a leitura do documento no Pátio das Arcadas, no dia 11 de agosto, mas cancelou sua participação por questões de saúde.​

A reedição da "Carta aos Brasileiros" também reúne nomes do mercado financeiro como Arminio Fraga, economista e ex-presidente do Banco Central, Candido Botelho Bracher, ex-presidente do Itaú, Claudio Haddad, ex-presidente do Insper, José Guimarães Monforte, ex-presidente do Conselho de Administração do BB, e José Olympio Pereira, ex-presidente do Credit Suisse no Brasil.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH

LINK PRESENTE: Gostou deste texto? Assinante pode liberar cinco acessos gratuitos de qualquer link por dia. Basta clicar no F azul abaixo.

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.