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Dilma diz que ficou surpresa com 'ousadia' de Neri Geller e que não apoia seu nome para a Agricultura

Ex-ministro tem se empenhado para emplacar seu nome no governo eleito de Lula

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A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) diz que ficou surpresa com a afirmação de que o ex-ministro Neri Geller (PP-MT) seria seu candidato para chefiar o Ministério da Agricultura no governo eleito de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A petista ainda afirma que não só não apoia, como considerou "uma ousadia" Geller alardear que tem o seu endosso.

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A ex-presidente Dilma Rousseff durante entrevista em seu apartamento, em Porto Alegre (RS) - Lucas Lima - 22.jul.2019/UOL/Folhapress

Como mostrou a Folha, o ex-ministro tem se empenhado para emplacar seu nome. O outro candidato para a pasta é o senador Carlos Fávaro (PSD-MT). Ele tem sido apresentado como cota do PSD, de Gilberto Kassab, para a sigla aderir à base de Lula.

Fávaro e Geller se alinharam a Lula e se colocaram como interlocutores do petista com o agronegócio —setor majoritariamente ligado ao bolsonarismo.

Em agosto deste ano, Geller teve o mandato cassado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Ele diz acreditar que conseguirá derrubar a condenação e afirma que a reversão de sua situação é fundamental para que assuma um posto de destaque no próximo governo.

Em outubro de 2014, quando comandava a pasta da Agricultura no governo Dilma Rousseff, o Brasil fechou acordo com os EUA para encerrar o contencioso do algodão iniciado em 2002, na OMC (Organização Mundial do Comércio).

Com isso, Geller colocou um ponto final na disputa na qual o Brasil saiu vitorioso ao questionar os subsídios dos Estados Unidos a seus produtores de algodão.

A então presidente Dilma Rousseff e o então ministro Neri Geller durante cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília - Alan Marques - 19.mai.2014/Folhapress

Outros ruralistas tentam se colocar na disputa pela vaga. É o caso do ex-deputado Nilson Leitão, consultor da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e presidente do IPA (Instituto Pensar Agro), órgão que assessora a bancada ruralista no Congresso.

Leitão é acusado por ex-dirigentes do IPA de manobrar para permanecer no cargo após uma mudança no estatuto do instituto. Isso foi criticado por aliados de Lula no setor.

Uma das justificativas usadas para permanecer no cargo também foi contestada por parlamentares ligados ao petista. Segundo eles, Leitão argumentou que sua reeleição era importante para "o PT não tomar conta do IPA".

A senadora Kátia Abreu (PP-TO) também aparece na lista de possíveis indicados ao Ministério da Agricultura de Lula. Ela é próxima de Dilma. No entanto, petistas dizem que há mais chance de a senadora ser nomeada para alguma embaixada do Brasil no exterior.

com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH; colaborou SUSANA TERAO

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