A direção da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) tem se mostrado favorável à criação de uma autoridade nacional no governo de Lula (PT) para coordenar as questões que envolvem o meio ambiente e a segurança climática.
DEBATE
O apoio à proposta foi defendido por Nelson Reis, diretor titular do Departamento de Desenvolvimento Sustentável da Fiesp, em reunião fechada na terça (29), que contou com a presença de empresários, representantes diplomáticos de embaixadas e consulados e membros de entidades da sociedade civil.
IDEIAS
O encontro foi realizado pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), que apresentou um relatório com recomendações para o meio ambiente e o clima no âmbito da política externa.
IDEIAS 2
Na ocasião, Reis disse que o tema ambiental exige "transversalidade e uma governança forte e segura" que envolva setor privado, governo e sociedade civil. Segundo interlocutores ouvidos pela coluna, o dirigente do Fiesp destacou também que será preciso definir prioridades para alocar os recursos, que serão escassos.
PROPOSTA
A sugestão para que seja criada uma autoridade nacional foi feita pela deputada eleita Marina Silva (Rede-SP) ao aderir à campanha de Lula.
META
O objetivo é garantir que a agenda do clima esteja presente nas discussões de todos os órgãos do Executivo, incluindo o Itamaraty. A instância ajudaria também a acelerar processos e indicar prioridades para o Legislativo, além de fiscalizar o cumprimento das metas do Brasil para redução da emissão de gases do efeito estufa.
INDÚSTRIA
Durante o encontro, Nelson Reis salientou também que é hora de se desenvolver uma política industrial nacional calcada na sustentabilidade e na economia verde, temas fundamentais no mundo atual. Ele acrescentou que a Fiesp e o Cebri estão trabalhando em parceria para propor uma política industrial competitiva de baixo carbono.
INDÚSTRIA 2
Ex-ministra do Meio Ambiente e integrante do grupo de transição de Lula, Izabella Teixeira compartilhou visão semelhante à do dirigente da Fiesp. Segundo ela, o debate climático está cada vez mais ligado ao desenvolvimento econômico e à política externa.
SINAIS
Ela afirmou ainda que a presença do presidente eleito na COP27, conferência sobre o clima da ONU (Organizações das Nações Unidas) realizada em novembro no Egito, foi importante para sinalizar ao mundo que a política ambiental do Brasil vai mudar com Lula.
SINAIS 2
Segundo Izabella disse no encontro, dirigentes de diversos países já se mostraram animados com a perspectiva de mudanças e planejam visitar o Brasil em 2023.
Os quatro anos do governo de Jair Bolsonaro (PL) foram marcados por retrocessos na área, o que fez com que o país passasse de liderança na diplomacia ligada ao tema a uma espécie de pária.
HONRAS
O secretário da Justiça e Cidadania de São Paulo, Fernando José da Costa, foi prestigiado pelo governador Rodrigo Garcia (PSDB) durante a cerimônia em que recebeu a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo, ocorrida na noite de quarta (30).
O corregedor-geral da Justiça de São Paulo, desembargador Fernando Antonio Torres Garcia, o presidente do Tribunal de Justiça do estado, Ricardo Anafe, e o primeiro vice-presidente Associação Paulista de Magistrados, o desembargador Walter Barone, estiveram lá.
com BIANKA VIEIRA, KARINA MATIAS e MANOELLA SMITH; colaborou SUSANA TERAO
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